domingo, junho 25, 2006

CAPITULO 1 - O DESPERTAR DE UMA LEMBRANÇA

CAPITULO 1 - O DESPERTAR DE UMA LEMBRANÇA

Finalmente a terrível guerra contra o deus do submundo, Hades, chegou ao fim. O mundo agora pode desfrutar de paz e esperança, pois os cavaleiros de Atena mais uma vez protegeram a terra, a qual sua deusa tanto se importa. Mas como em toda guerra, tudo tem seu preço. E o preço do fim dessa guerra se espelha na atual realidade.

SANTUARIO DE ATENA – JARDINS DO SANTUÁRIO

Uma leve brisa passa por um campo gramado, levando consigo pedaços de verde, que foram esmagados pelo trajeto de algum veiculo de rodas finas. Passando por elas, uma jovem anda vagarosamente pelos jardins, ela vem com um jarro d’água e um copo. Ela continua andando até chegar a uma cadeira de rodas. Não se pode ver quem esta sentado na mesma. Ela oferece água a ele, mas ele nem ao menos responde. Ela enche o copo d’água e o coloca em sua boca, ela está tendo dificuldade, em seguida ela diz:

SAORI: Vamos lá Seiya, você consegue...

Uma mão encosta-se a seu ombro e outra jovem fala com ele.

SEIKA: Vamos lá Seiya, esforce-se! Eu sei que você consegue!

Então, com as palavras de sua irmã, ele começa a engolir a água num movimento instintivo.

SEIKA: O que os médicos disseram da situação dele?
SAORI: Infelizmente, eles dizem que não conseguem descobrir a causa de seu mal, que tudo está bem, mas parece que Seiya perdeu a vontade de viver.
SEIKA: Isso é mentira! Seiya me procurou a vida toda, ele não iria desistir justo agora.
SAORI: Eu compreendo, e concordo plenamente, o Seiya nunca foi de desistir, mas...
SAORI: Sinto que o mal de Seiya não é algo físico, sinto como se a cosmo energia de Hades ainda estivesse ao seu redor. Isso foi depois de...

A imagem da espada de Hades atravessando o peito de Seiya é lembrada. Nesse momento, Seiya treme, Seika volta a segurar suas mãos.

SAORI: Não se preocupe, não descansarei enquanto Seiya não estiver melhor.

De repente ao fundo, três sombras estão se aproximando, as duas ficam receosas.
Mas quanto mais perto eles chegam, mais claro fica que são Shiryu, Hyoga e Shun.

HYOGA: Atena... Como estão as condições de Seiya?
SAORI: Nada boas, mas não podemos desistir de jeito algum.
SHUN: Então essa aí é a irmã de Seiya?
SAORI: Sim, ela mais do que ninguém está aflita com sua situação. Logo agora que eles se reencontraram, Seiya se encontra deste modo.
SHIRYU: Seiya, por favor, não desista!!!

EGITO – TEBAS, 2 ANOS ATRÁS

Os moradores de Tebas viviam tranqüilamente como sempre havia de ser, porém algo de estranho anda acontecendo recentemente: muitos moradores que residem ao redor da tumba de Amon-Rá, que fica dentro de uma pirâmide lá localizada, estão morrendo sem demonstrar nenhum sintoma. Algo de muito errado acontece nessa cidade. Porém, certo dia, algo mais estranho ainda está para acontecer.
O céu, perto da pirâmide de Amon-Rá onde se encontra sua tumba, começa a ficar escuro e nebuloso. Trovões caem do céu e todos com medo correm fugindo da gigantesca nuvem que cerca a tumba. Mas um deles, jovem, corajoso e curioso, se atreve a chegar perto. E ao se aproximar, avista a entrada da pirâmide de Amon-Rá, antes selada, se abrindo. Ele ainda muito curioso, apesar do medo, vagarosamente entra na pirâmide. Sem muito saber por onde andar, ele segue um dos caminhos, e no trajeto ele começa a ter fortes dores de cabeça. Meio perdido com a intensidade da dor, ele não sabe se vai para esquerda ou direita, porém, seguindo por certo caminho, a intensidade de sua dor de cabeça vai diminuindo, por causa disso então ele segue o caminho que parece ser destinado a ele.
No meio do trajeto ele vê vultos passando rapidamente por ele e seguindo muito rapidamente o mesmo caminho que ele está fazendo. O rapaz fica assustado, mas com um misto de dor e curiosidade que sente, ele continua seguindo o caminho. No fim do labirinto que parecia ser interminável ele encontra a tumba de Amon-Rá. O jovem fica espantado, pois nunca ninguém tinha certeza se o deus realmente estava lá ou se era apenas uma lenda, já que ele não deveria ter um corpo próprio. Mas, pelo que parece, realmente existe um corpo mumificado lá com um amuleto, o Escaravelho do coração. Ao lado de sua tumba podiam-se ver quatro vasos, com tampas em forma de homem, de chacal, de falcão e de babuíno. Neles estavam escritos em egípcio: Imset (Fígado), Duamutef (Estômago), Rebehsenuef (Intestino) e Hapi (Pulmões). O rapaz fica meio enjoado em saber que os órgãos do deus foram retirados e colocados nesses vasos para conservá-los. Mas o que mais o assusta são os espíritos que rondam o teto da sala. Eles permanecem girando no teto durante um tempo, mas depois se juntam e formam algo que parece uma nuvem de espíritos, formando um rosto. É o rosto de Amon-Rá que lhe dirige a palavra:

AMON-RÁ: Muóóóóó....... Você!!!

O Rapaz fica apavorado, o medo está estampado em seu rosto que fica molhado de suor.

AMON-RÁ: Você, a chave final para meu retorno, liberte sua alma desse corpo carnal que será tomado para a ressurreição de um grande deus! Assim, seus pecados serão perdoados e sua alma descansará eternamente nos campos de Iaru.
RAPAZ: Ma-Mas... Eu.. É...
AMON-RÁ: Como você ousa abdicar dos campos de Iaru por sua vida patética? Humanos, seres desprezíveis! Todos com esse pensamento devem todos morrer!!!!

O rosto de espíritos voa na direção do rapaz, que fica paralisado de medo suando, até explodir no chão logo onde ele estava. Depois da fumaça se desfazer, aparece o corpo do jovem levitando. Com uma energia imensa ao redor de seu corpo, ele vai flutuando com os braços abertos na altura da cintura, e Amon-Rá fala por ele:

AMON-RÁ: Agora sim o ciclo está completo! Uma grande de quantidade de AKH (força divina), provida dos espíritos dos mortos sacrificados em Tebas para minha ressurreição, e um pouco de KA (força vital), de um humano jovem como esse para rejuvenescer meu corpo e meus órgãos!

Algumas luzes vão piscando em seus órgãos e, em seguida, nos vasos correspondentes: Primeiro em seu fígado, e o vaso de homem se acende. Depois o seu estômago, e o vaso de chacal. Em seguida, o intestino, e o vaso de falcão se ilumina também. Por último, seus pulmões, e o vaso de babuíno segue os outros. Logo em seguida, seu corpo todo começa a brilhar e o amuleto de Escaravelho brilha junto. Quando o amuleto e os vasos começam a brilhar simultaneamente, destes saem bolas de energias que sobem e vão em direção ao amuleto. Ao entrar diretamente no cristal do Escaravelho, este começa a emanar uma energia que cria raios de luz até o teto, sobrepujando as luzes das tochas e iluminando todo o ambiente. O corpo do rapaz cai e o corpo da múmia começa a se energizar com toda a luz presente e vai retornando à forma humana vagarosamente. De longe, pode-se escutar um grito de dor contínua, e quando o corpo de Amon-Rá fica totalmente humano, ele se levanta nu:

AMON-RÁ: Finalmente eu acordei! Gregos, seu destino está selado!

Amon-Rá vai saindo, e vê-se a imagem dos pés descalços dele saindo da sala. Em um canto, encontra-se o corpo do rapaz, exatamente como o de Amon-rá estava: no estado lastimável de uma múmia, apenas sem as ataduras.

1 ANO E 8 MESES DEPOIS...

Um grande santuário egípcio é erguido e encontra-se quase pronto, e ao seu redor vários templos para outros deuses. Dentro deste santuário existem três entradas: uma para a câmara de Amon-Rá, a central, dedicada ao deus Osíris; uma para a Sala das Duas Verdades, onde são feitos os julgamentos daqueles que morreram para ver se eles devem ir para os campos de Iaru ou serem devorados por Amut. A entrada da direita pertencente à Hórus, seu filho. O templo do Baixo Egito, que representa todo reino dominado por ele. E a entrada da esquerda pertence à Seth, Irmão de Osíris e seu próprio assassino. Apesar de tudo o que ocorreu na antiga mitologia, todos os deuses devem respeito a Amon-Rá e não podem causar conflito no novo santuário dele. O templo de Seth é o do alto Egito. Na câmara de Amon-Rá, uma grande escadaria que chega a seu trono, possui duas esfinges atrás. Com tochas acesas por todos os lados, sacerdotes rezam o tempo todo e escravos o servem. Mais atrás, uma grande estátua de ouro do próprio Amon-Rá reluz. Em seu trono, ele está com um olhar satisfeito e pretensioso.

AMON-RÁ: Finalmente poderei ver meus planos fluírem, terei que começar a pô-los em pratica desde já...

Messénia – Grécia – Dias Atuais

Em Messénia, encontram-se os restos de um templo de Apolo, chamado templo de Apolo Epícuro, lá estão protegidas os pilares restantes do templo por gigantescas lonas que as protegem da erosão. Responsável pelo local está Agamedes, que é o Curador do local e está recepcionando diversos turistas que lá estão. Em outros corredores, estão alunos de escolas locais que vieram a passeio e seguem em fila, junto com suas professoras, que lhes mostram o local. Uma criança em especial se perde e começa a adentrar em locais não muito movimentados do templo. Ela escuta algum barulho atrás de uma muralha alta e larga e então vê uma leve luz vinda de uma fenda. A luz quase não dá para ser vista, pois o ambiente está muito claro, mas ele se aproxima e quando chega perto, Agamedes o segura pelo ombro!

GAROTO: Hwaaaa !!!!!!

Assustado, o garoto olha para Agamedes, que está com um sorriso plácido no rosto.

AGAMEDES: Está perdido de seu grupo?
GAROTO: Er... eu...
AGAMEDES: Não pode mexer em qualquer coisa aqui. Tudo que você vê aqui ao redor é de extrema importância para o mundo e, como sua professora falou, vocês devem apenas observar.
GAROTO: Eu.... Me- me desculpe! Búaaaa!
AGAMEDES: Calma, calma! Não precisa chorar!

Agamedes então o entrega para sua professora, ela se desculpa com ele e seu semblante continua o mesmo. Agamedes parece continuar lá no mesmo local por horas e horas, até que o local é fechado. Seu olhar ficou mais tenso desde que o menino se foi. E então, ele sai do transe quando o guarda diz que vai fechar as trancas das lonas.

GUARDA: Agamedes, já estou fechando.
AGAMEDES: Desculpe-me, estou tão distraído.
GUARDA: Imagino o quão cansativo o dia deve ter sido para você. Vamos, já está ficando tarde.
AGAMEDES: Não se preocupe comigo, ainda tenho que terminar uns relatórios sobre essas escrituras na muralha. Vá seguindo que eu mesmo fecharei tudo.
GUARDA: Está certo então. Só não se esforce muito, amanhã teremos mais turistas.

E então num tom seco quando o guarda vai embora Agamedes responde.

AGAMEDES: Como sempre!

Agamedes então segue até a muralha e então, conforme ele vai se aproximando dela ela vai se desfazendo e tomando outra forma, criando escadas para uma entrada subterrânea. Ele vai descendo até lá e então contempla diversos guerreiros treinando.

Grécia – Mansão Kido

Seika está do lado de fora da mansão, ela está abaixada segurando os joelhos e chorando, quando então ao seu lado chega Shun.

SHUN: Seika, você está chorando!
SEIKA: ...Snif...
SHUN: Tudo vai ficar bem, Saori vai conseguir fazer Seiya voltar ao normal. Eu tenho certeza!
SEIKA: Mas e se ele não voltar ao normal? Depois de tudo que passou para me encontrar, isso não é justo!
SHUN: Não fique desse jeito, a Saori não é uma pessoa comum, ela é a deusa Atena, com certeza ela conseguirá fazer Seiya voltar.
(SHUN): Apesar de que, não consigo sentir nada emanando de Seiya, nem mesmo seu cosmo por mais leve que seja. Ele parece mais como se fosse uma casca vazia prestes a desmoronar.

Shun visualiza a imagem de Seiya se quebrando, quando se assusta com outra presença. É Agamedes, trajando uma armadura grandiosa.

AGAMEDES: E ele vai desmoronar!

Seika fica com uma expressão aterrorizada.
Shun rapidamente se levanta e se coloca na frente de Seika.

SHUN: Quem é você?
AGAMEDES: Eu sou Agamedes, Sacerdote de Apolo!

Agamedes começa a queimar o cosmo.

(SHUN): Que cosmo é esse? É assustador! Ainda existem guerreiros poderosos assim??

Na sala onde Seiya está sendo analisado por um médico, estão aguardando Saori, Shiryu e Hyoga. Sentindo o poderoso cosmo, eles rapidamente saem para averiguar. Agamedes parece estar conversando com Shun. Seika está assustada e se protege atrás de Shun enquanto os dois conversam.
Logo atrás dos dois chegam Shiryu e Hyoga com suas urnas nas costas, e ficam prontos para o combate. Quando eles estão prestes a vestir suas armaduras, Shun os manda parar.

SHUN: Esperem!
HYOGA: O que?!
SHIRYU: Mas...
AGAMEDES: Exatamente.

Nesse exato momento todos os cosmos se dispersam.

SHUN: Ele ele disse... Que pode salvar o Seiya!

Os olhos de Seika brilham nesse momento, e então ela sai detrás de Shun.

SEIKA: Você pode mesmo salvá-lo?!

Ela vai seguindo na direção dele.

SHUN: Não Seika, não faça isso!!!

Seika ignora e continua andando em direção ao estranho.

SHUN: É perigoso!

Seika vai até ele e então beija sua mão...

SEIKA: O que poderíamos fazer para que você pudesse ajudar Seiya?
AGAMEDES: Apesar de você ser uma linda mulher, não é você quem pode fazer algo por Seiya e sim ela.

Agamedes aponta para o portão principal da mansão Kido, onde Saori está olhando para ele firmemente.

SHIRYU: Saori fique onde está!
HYOGA: Não devemos dar brechas acreditando nesse mentiroso!

Eles partem para o ataque e então seus cosmos são anulados. Eles ficam pasmos.

HYOGA: O que foi?!
SHIRYU: O que aconteceu?!

Saori vai andando até ele, atravessando no meio dos dois cavaleiros de bronze, até chegar a Agamedes.

SAORI: Então você é alguém mandado por Apolo, não?
SHUN: Saori, cuidado!
SAORI: Você diz ser capaz de curar Seiya. Então, me diga, como isso pode ser possível?

Agamedes, um pouco intimidado com a presença de Atena, tenta se desvencilhar-se da pergunta direta da deusa.

AGAMEDES: Não... Veja bem, não é assim... Não sou eu que posso curar Seiya, até porque, Seiya não está doente.
SEIKA: Não está doente?

Os olhos de Agamedes brilham.

AGAMEDES: Então não percebeu Atena? Não consegue ver o efeito da espada de Hades?
SAORI: A espada de Hades?
AGAMEDES: Pelo visto a última guerra consumiu muito de você. Vamos até Seiya lá explicarei melhor a você.
SAORI: Está bem.

Todos ficam pasmos com a atitude de Saori, mas ela parece estar convencida em fazer algo por Seiya.
Dentro da sala médica, os médicos ficam assustados com Agamedes e sua armadura. Saori os pede para que deixem o local, e eles assustados o fazem.

Agamedes chega perto de Seiya e então estica a mão em sua direção. Shiryu e os outros estão muito apreensivos, com medo de que ele faça algo contra o amigo. Ainda mais quando Seiya parece começar a sofrer com isso, colocando a mão aberta sobre peito. Quando antes, nem ao menos se mover ele conseguia.

SEIKA: Seiya!
AGAMEDES: Vejam bem aqui!

Shiryu está prestes a atacá-lo novamente e então, a espada de Hades aparece materializada em seu peito, bem de leve, quase transparente. Todos ficam pasmos.

AGAMADES: Isso é o rancor de Hades. Uma maldição que ele lançou em Seiya. Algo que ele sempre quis fazer desde as eras mitológicas.
SAORI: Desde as eras mitológicas?
AGAMEDES: Sim, há rumores que o cavaleiro de Pégasus sempre atrapalhou os planos de Hades. Desta vez ele arranjou algo para extirpar sua alma para todo o sempre!
SAORI: E como podemos fazer para salvá-lo?
AGAMEDES: Nós? Nada.
SHUN: Mas você não disse que....
AGAMEDES: Eu disse que poderia salvá-lo, mas não disse que sou eu que irei fazê-lo.
AGAMEDES: Maldições impostas por deuses são fardos impossíveis de serem tirados, é algo difícil até mesmo para outros deuses. Mas se tem alguém capaz de fazê-lo, é o único deus ligado a medicina humana.
TODOS: Apollo!
AGAMEDES: Isso mesmo. Se em três dias ele não for curado por Apolo, sua alma será extirpada de nossa realidade e ele nunca mais poderá reencarnar!!!

Seika novamente leva um baque, mas não só ela, todos ficam inseguros.

SHIRYU: Mas... Porque Apolo ajudaria Atena?
SAORI: É mais do que óbvio não?
SHUN: Não pode ser!
SAORI: Apollo quer a posse do Santuário!

Agamedes sorri levemente diante da constatação da deusa.

HYOGA: Mas... Isso é um absurdo!
SHIRYU: Não dê ouvido a ele, é insano!
AGAMEDES: É isso ou Seiya ficará assim para sempre!
HYOGA: Maldito!
SAORI: Esperem!
TODOS: Han?
SAORI: A escolha não é de vocês!

Todos ficam pasmos com Saori falando.

SAORI: Então quer dizer que existe a possibilidade real de salvarmos Seiya?
AGAMEDES: Sim.
SAORI: Será perigoso Seika, fique aqui e aguarde nossa volta.
TODOS: O que?!

Saori pega Seiya pelo ombro e tenta levantá-lo. Shun rapidamente vai até o outro lado e o segura ajudando-a.

SAORI: Nós voltaremos com Seiya são e salvo!
SEIKA: Obrigada!

Seika sorri novamente.

STAR HILL - SANTUARIO DE ATENA

Eles chegam ao topo de Star Hill, num precipício de uma das bordas, exatamente onde fica o local mais alto do cume. Shiryu agora está segurando Seiya com Hyoga.

SHIRYU: Então é aqui?
SAORI: Sim, teremos que tomar esse caminho para irmos todos juntos ao templo principal de Apolo, no Olimpo.
SHUN: Então... Então, quer dizer que nós...Vamos mesmo encontrar o Deus Apollo?
SHIRYU: O que está acontecendo, o chão... Parece estar sumindo!
SAORI: Não se afastem de mim! Ficando longe podem ser sugados para um espaço/tempo do qual nunca mais voltarão!

A armadura de Atena a envolve e então a veste.

ATENA ESTÁ TRAJANDO A MAJESTOSA ARMADURA DE ATENA!

HYOGA: O tempo e espaço estão sacudindo!

Todo local ao redor deles vai desaparecendo, criando um vácuo, que mais parece ser o balançar lento das águas de um rio, modificando o espaço para o que parece ser uma trilha. E então, uma imagem se forma diante deles.

SHUN: Saori, onde estamos?

Agamedes toma a frente sorrindo e diz:

AGAMEDES: A caminho do Templo de Apollo!

Eles vão seguindo aos poucos até chegar a um caminho onde existem 10 passagens diferentes. E então Agamedes os aguarda.

SHIRYU: Então aqui é o Olimpo, que é conhecido como a morada dos deuses na terra?
ATENA: Sim, é.

Shun então toma a frente e veste sua armadura. Agamedes o olha de rabo de olho.

SHUN: Não sabemos que perigos terão à frente, e eu ainda não confio nesse homem.
ATENA: Não se preocupe, ele nos levará até nosso objetivo.
SHUN: Mesmo assim eu... O que?!

Shun então percebe que sua armadura não é mais divina.

HYOGA: Veja a armadura do Shun!
SHUN: Ela...Voltou ao normal!
SHUN: Nos Elísios ela reviveu das cinzas e se tornou uma armadura divina com poder inigualável a partir de nossa armadura de bronze, graças a seu sangue, Atena!
SAORI: Shun, a armadura divina é a forma final de uma armadura, ela sempre aparecerá quando o cavaleiro que recebeu o sangue de um deus elevar seu cosmo ao infinito. Por assim dizer, sua forma é mais uma ilusão.
SAORI: Portanto, agora que ela terminou o seu dever, ela regressou a sua forma original.
SHUN: Entendo.

Shun sorri.

SHUN: Na verdade, é até mais agradável pra mim essa armadura na forma de bronze. Enfrentamos tantas batalhas juntos dessa forma, atravessamos os oceanos e o inferno apenas com essa armadura para me proteger.
ATENA: Sim, é verdade que vocês têm passado por inúmeras batalhas. Mas isso agora irá terminar!

Todos ficam intrigados com o comentário de Atena que continuam seguindo.
Agamedes continua parado entre os caminhos até que Atena se aproxime.

AGAMEDES: É uma viagem refrescante a sua memória?
ATENA: Sim, chegando aqui agora, me lembro perfeitamente.
AGAMEDES: Então faça as honras: Deusas primeiro.

E então Agamedes abre caminho para Atena escolher o caminho correto. Ela pega um dos 10 caminhos e segue. Shiryu e Hyoga estão altamente desconfiados dele.
Agamedes os acompanha, até que eles avistam um templo. É o grandioso templo de Apollo no Olimpo. Parece uma imensa cidade, onde o sol pode ser visto pondo-se atrás da mesma. Todos os seus ornamentos assemelham-se muito aos templos de Apollo na Grécia. Porém, todos estão em perfeito estado e muito adornado com flores. Logo na entrada, eles são abordados pela guarda de Apollo, que pede para todos se identificarem. Mas então Agamedes chega à frente e todos baixam suas guardas.

SOLDADO: Senhor Agamedes, o que faz aqui tão cedo?
AGAMEDES: Tenho assuntos particulares com Apollo, esses são meus convidados.
SOLDADO: Mas senhor Agamedes, são esses os guerreiros que o senhor iria trazer?
SHUN: Guerreiros?
AGAMEDES: Não soldado, isso não condiz com minha missão anterior. Eles ainda não estão prontos...
SOLDADO: Desculpe-me, meu senhor, mas minhas ordens são para não deixar ninguém entrar a não ser os....
AGAMEDES: Como ousa questionar minha autoridade?! Eles estão aqui a mando de Apollo!
SOLDADO: Mas não foi isso que nos foi...
AGAMEDES: Sem nem um “mas”!
AGAMEDES: Acompanhem-me, por favor.

Todos adentram achando a situação muito estranha.

SANTUARIO DE APOLLO – OLIMPO

Dentro do templo, tudo é muito lindo. Vastos campos floridos, ninfas passeando, moradores brincando, divertindo-se.

SHUN: Mas como é lindo aqui...
HYOGA: Assemelha-se muito ao Elísios.
SHIRYU: Sim, mas já notou que todos os soldados daqui nos olham com uma cara estranha?

Atena continua seguindo Agamedes, que fala com uma ninfa e então segue para o templo principal de Apollo. Ela então desce e vai até eles para os saudar.

AGATHÉ: Então você é Atena?
SAORI: Sim.
AGATHÉ: Agamedes disse que precisa resolver pendências com nosso deus. Em breve ele irá atendê-los. Você é tão bela como nas imagens, apesar de seu cabelo estar um pouco diferente.
SAORI: Imagens?
AGATHÉ: Sim, esse é o templo da arte, venha conhecer nossos artistas.

Agathé puxa Saori pelos braços mais parecendo uma criança, apesar do corpo de mulher. Saori fica sem saber o que fazer, e então Shun a acompanha.

TEMPLO DE APOLO

Agamedes aproxima-se do trono de Apolo, que é quase totalmente fechado, possuindo apenas uma abertura. Justamente acima do trono onde toda a luz do sol se propaga superiormente, deixando sua imagem ainda mais imponente. Seus cabelos vermelhos assemelham-se as chamas do sol. Ele está com um semblante aborrecido.

AGAMEDES: Senhor, tenho boas notícias.
APOLO: O exército está pronto?
AGAMEDES: Não senhor... eles...
APOLO: Então como podem ser boas notícias?

Agamedes sorri.

TEMPLO DOS MÚSICOS

Agathe está louca de encantamento, mostrando tudo à Saori, até que um guarda as interrompe.

GUARDA: O senhor Apolo a aguarda, Atena.
SAORI: Está certo.

Saori que estava até um pouco distraída com a alegria da ninfa, volta a ficar com um semblante sério que até quebra toda energia da jovem ao lado.
Eles seguem até o templo principal de Apolo. Agamedes está ao seu lado ajoelhado.

APOLO: Seja bem vinda, irmã!
SAORI: Apolo, meu irmão!

Todos os cavaleiros de bronze o encaram com rigor.

APOLO: Veja só que situação! Vejo que precisa de minha ajuda.

Saori se ajoelha no chão.

SHIRYU: Saori, não!
HYOGA: Atena!

SAORI: Peço a você veementemente que, por favor, anule a maldição que se encontra em Seiya!
APOLO: Que patético...
SAORI: O que?!

Apolo vai descendo de seu trono pelas escadas e falando com ela.

APOLO: Quer dizer que estará disposta a largar tudo apenas para salvar a vida de um mísero humano!?
SAORI: .....
APOLO: Quem é você que infecta o nome de minha irmã!

Apolo vai chegando cada vez mais perto de Saori, os cavaleiros estão prestes a reagir.

SAORI: Não façam nada!

Saori os impede de atacar. Shiryu e Hyoga já estavam prestes a largar Seiya. Apolo aproxima-se cada vez mais.

APOLO: Você tem noção do tamanho dos pecados que cometeu? Poseidon, Hades? E ainda tem a coragem de vir aqui e fazer esse pedido a mim?
SAORI: Pedido? Mas...
AGAMEDES: Senhor....

Apolo vira irado ainda olhando para Agamedes.

AGAMEDES: Esse será o pedido de perdão dela, esqueceu meu senhor?
APOLO: Então estará mesmo entregando a mim a terra apenas em troca da vida desse Humano?
SAORI: Não é apenas a vida de um Humano! Esse é o humano que esteve ao meu lado desde as primeiras guerras que travei! Ele esteve sempre me protegendo. E fez isso até o último suspiro de sua vida!
APOLO: Mas é apenas um humano!
SAORI: Não importa! Se ele dedicou inúmeras reencarnações para me proteger, chegou o momento de eu fazer isso de volta.
APOLO: É decepcionante! Quem diria que a grande deusa da terra entregaria seu presente divino por causa de um homem! Você não pode ser minha irmã!
SAORI: Eu sou Atena e aqui estou disposta a ceder meus domínios a você, então cumpra a sua parte, curando-o!

Shiryu e Hyoga vão trazendo Seiya, eles olham para Seiya, felizes com sua volta, mas ao mesmo tempo quase mortos por dentro, sabendo da decisão de Atena.

APOLO: Mas saiba que, nem mesmo somente meu cosmo, será suficiente para realizar essa proeza. O cosmo de Hades é muito poderoso! Eu precisarei de mais do que meu poder.

Nesse momento Saori estende seu báculo para Apollo e então o entrega para ele. Uma luz incandescente surge e a armadura de Atena vai se dissolvendo, sendo absorvida pelo báculo que está nas mãos de Apolo.

APOLO: Sim! Esse é o poder da guardiã da terra!

Então Seiya é sugado para o ar, ficando com o peito à mostra e com as pernas e braços para trás. Ele começa a sentir uma dor excruciante.

SEIYA: Gahhhhhh!
TODOS: Seiya!

Vários flashes de luz tomam o ar, criando ondas energéticas que giram em torno de Seiya, que continua flutuando na mesma posição. Essas ondas energéticas juntam-se no peito de Seiya criando a forma da espada de Hades.

APOLO: Então está aí!
SAORI: Seiya!

Saori está exaurida, parece que seus poderes estão sendo sugados através do Báculo.

APOLO: Urgh! É poderoso.... Não esperava menos vindo de Hades!

A espada começa a ser arrancada. Centímetro por centímetro. Cada pouco que ela sai do peito de Seiya ele se contorce de dor.
Antes apenas com o cosmo de Atena, agora ele começa a queimar seu cosmo para poder retirar a espada. Todo o santuário de Apollo começa a sentir.

SOLDADOS: O que está acontecendo? Vem do templo do nosso deus!

Muitos soldados rasos começam a se preparar para entrar até que aparece alguém barrando suas passagens.

SOLDADOS: Mas é...
SOLDADO 2: O Oráculo!!!

DE VOLTA NO TEMPLO

APOLO: Urgh!!! Maldição!!!!

Apolo começa a queimar tanto seu cosmo que o teto de seu templo, com o poder emanado, é totalmente desintegrado, fazendo assim com que a energia do Sol vá até ele. E, com muito esforço, de uma só vez, ele arranca a espada de Hades, que se desfaz no ar em cosmo...
Seiya cai no chão.

TODOS: Seiya !!!!

Shun corre e o pega no colo.

SHUN: Seiya! Seiya! Fale comigo!

Saori corre para cima dele e o segura pela mão.

SAORI: Vamos Seiya, reaja!

E então ela sente a mão de Seiya apertar a sua.

SAORI: Seiya!

Seiya vagarosamente abre seus olhos.

SEIYA: O-onde...Onde nós estamos?

Saori lacrimeja de alegria. Nesse momento, todos estão felizes pelo retorno do amigo. Mas são interrompidos por algo. É uma risada!

?????: Huahahahahahahahah, Mwahahahhaaa, Hahahahahaahahah!

Apolo muito cansado olha para trás. Agamedes está rindo alucinadamente.

APOLO: Agamedes?

??????: Huhuhuh, Agamedes? Há sim! É o nome de quem eu peguei emprestado essa forma! Já ia me esquecendo!

A imagem mostra o templo de Apolo. Epícuro, em Messênia. E na passagem para o subterrâneo, vários corpos mutilados e caídos ao chão. Uma mão se estende, é a mão de Agamedes, e então é pisada por um pé calçado por um chinelo dourado que destrói o punho da armadura inteira.

A cena volta para o templo principal do santuário de Apolo. Então esse ser, com a forma de Agamedes, estica sua mão e então é Apolo quem começa a sofrer.

APOLO: Agamedes, o que está fazendo? Que poder é esse que...

??????: Eu não sou Agamedes! Já disse!

Então seu corpo vai se transformando e tomando forma de AMON-RÁ, o deus sol egípcio.

AMON-RÁ: Eu sou Amon-Rá !!!!!

E então, muita luz se concentra no peito de Apollo, que nem ao menos esboça reação, pois está quase sem seus poderes. Em seguida, uma estrondosa explosão acontece.
Do lado de fora, o Oráculo se desespera e corre para os aposentos de seu Deus.

Após a fumaça se esvair, eis que surge a cena.

Atena está abaixada no chão sem forças, junto com Seiya e Shun que os protege. Um de cada lado está Shiryu e Hyoga. Logo à frente a fumaça do fundo começa a esvair-se e Apollo aparece caído. APOLO ESTÁ MORTO !!!!!

E nenhum sinal de Amon-rá.


CAPITULO 2 - A LUZ DA RESSURREIÇÃO

OLIMPO – TEMPLO DE APOLLO

A fumaça da explosão esvai-se e deixa amostra algo inimaginável, um deus morto !!!

Todos estão perplexos com a cena. Amon-rá foi capaz de tramar tudo e deixá-los lá, para morrer.

Do lado de fora, pode-se ver apenas pernas cobertas por uma bela armadura dourada correndo e pedaços compridos de uma parte da armadura do mesmo. Quando este chega ao templo do Deus Sol, ele se mostra indignado, irado, fervoroso.

 

ORÁCULO: Como.... Como ousam !!!!!

 

O Oráculo é um jovem de cabelos ruivos e curtos, um pouco encaracolados, seus olhos são totalmente negros, e traja uma armadura dourada de uma majestade só. Os adornos lembram pilares gregos e ele possui as ombreiras em formas de um quarto de círculo, assim como a parte que condiz com a cintura. Como um saiote aberto na frente. Em suas costas diversos pedaços móveis de armadura compõem um símbolo que se parece com o sol. Ele ao chegar, esbraveja de um modo inimaginável. Seiya e todos ficam sem ter o que falar, eles não tem desculpas para tal situação.

 

SHUN: Espere... Nós... Nós...

Shiryu então entra em sua frente e diz:

SHIRYU: Não adianta Shun...

HYOGA: Nada do que falarmos vai mudar o que está para acontecer. É inevitável.

SHUN: Independente disso, nós...

Shun então é interrompido por mais um esbravejamento do Oráculo:

ÓRACULO: Calem-se!!!

ÓRACULO: Nosso deus recebeu vocês aqui... E vocês, como Ousam?!

 

O Oráculo queima seu cosmo intensamente, a pressão é tão forte que Saori, que está fraca, quase é jogada longe. Seiya a segura, enquanto os outros agüentam a pressão.

 

SEIYA: Segure-se Saori!!!

SAORI: Seiya!

SHIRYU: O cosmo dele é imenso!!

HYOGA: Ele está se preparando para atacar!!!

SEIYA: Não podemos deixar, Saori está fraca!!

SHIRYU: Deixem comigo! COLERA DO DRAGÃO (ROZAN SHORYU HA)

Shiryu então parte para cima do Oráculo, salta e atira sua técnica contra ele, mas o mesmo se esquiva facilmente. Shiryu passa por ele, deslizando pelo chão com a pressão de seu ataque. Enquanto isso Hyoga escorrega pelo chão e ao se levantar, usa seu TROVÃO AURORA (KOLODNY SMERCH) que joga o Oráculo para o alto. Achando que o golpe tinha causado algum efeito, ele muda de expressão, quando vê que ele está indo para o alto, com todo o frio acumulado em suas duas mãos juntas. Então o joga para cima e o poder some aos céus.

 

SHIRYU: Shun, agora!!!

SHUN: CORRENTE DE ANDRÔMEDA (NEBULA CHAIN)

Shun atira para cima onde o Oráculo está. Então, diversas correntes de ataque vão em sua direção. Mas o braço direito de Apollo some a cada ataque, aparecendo em outro lugar. Ele é atacado novamente e mas uma vez some, isso acontece incontáveis vezes até Shun ceder o ataque e ele cair ao chão em pé. Um pouco antes de ele tocar o solo, aparece Seiya com sua armadura de Pégasus, e atrás dele Saori, com seu cosmo queimando e com a mão estendida.

 

SAORI: Seiya, estas são as minhas últimas forças....

SEIYA: Meu cosmo.... Já o sinto correndo em meu corpo mais uma vez. Saori....

SEIYA: Obrigado! Agora descanse!

 

Seiya então faz o movimento das 13 estrelas de Pégasus, para atacar com todo seu poder.

 

SEIYA: Posso ter acabado de me recuperar, mas isso é para proteger a Saori! METEORO DE PÉGASUS (PEGASUS RYUSEIKEN)

Seiya, com um imenso cosmo, dispara incontáveis meteoros no Oráculo, que mal tem tempo de se defender. Ele se levanta e os meteoros o atingem. Uma luz se cria e então Seiya o atravessa. Ao atravessar, Seiya fica com uma cara de espantado.

 

ORÁCULO: Então esse é o poder para proteger sua deusa? Que ridículo!!!

 

O Oráculo defendeu todos os seus golpes!

 

SEIYA: Não é possível, parece até que ele....

ORÁCULO: Sabia como funcionava seu ataque?

SEIYA: O que?

ORÁCULO: Seja um pouco mais inteligente, eu sou o Oráculo, não entende? Esse é o meu poder! RUÍNAS DE DELFOS (DELPHOS WRECKAGE)

O chão começa a se fender, então um imensurável cosmo surge pelo chão, atingindo a todos e jogando-os para o alto. Saori de longe, grita por eles:

 

SAORI: Não !!!!!

 

Nesse momento, o Oráculo se vira e olha para Atena. Apesar de fraca ela não demonstra medo, muito pelo contrário, ela o olha sério por ele ter ferido seus cavaleiros.

 

ORÁCULO: Atena, você vai pagar caro por trair Apollo! Alias não só Apollo, mas Zeus. Como se atreve vir até aqui e matar um DEUS?

 

O Oráculo queima seu cosmo fortemente, mas sentem outros atrás dele, os cavaleiros do bronze levantam sem muito dano e se preparam para atacá-lo.

 

SEIYA: METEORO DE PÉGASUS (PEGASUS RYUSEIKEN)

Seiya, desta vez, dispara de longe, mas todos os golpes mais uma vez são contidos pelo Oráculo.

 

SEIYA: Como... É possível?

ORÁCULO: Como? Tenho que repetir? Eu sou o Oráculo, seu cosmo, suas habilidades, suas técnicas, são como um livro aberto para mim, essa é minha habilidade.

 

O Oráculo vai apontando para um de cada vez, primeiro para Seiya.

 

ORÁCULO: Socos a uma velocidade fora do comum, ou a união da força de todos esses golpes num só, ou até mesmo usar o corpo do inimigo como uma arma.

 

Seiya fica assustado. Logo após, ele aponta para Shiryu.

 

ORÁCULO: O ataque que tentou contra mim antes, uma variação onde você dispara centenas de energias cósmicas do mesmo modo que o ataque anterior. Uma espada sagrada que tudo corta, e..... Hum... você é um rapaz interessante.

ORÁCULO: Ataques baseados em gelo, vejo que possui uma boa diversidade consigo.

 

Diz o Oráculo, apontando para Hyoga.

 

ORÁCULO: E você, vejo que não depende apenas de suas correntes não é? Posso ver todos vocês por dentro como se fosse através de um fino lençol. Dentre todos vocês, apenas um poderia me dar mais trabalho. Mas mesmo assim será inútil! E tenho logo que fazer algo, para que possa tomar a vida de sua deusa.

 

Seu cosmo mais uma vez empurra a todos, só que dessa vez algo diferente acontece. Parece que a pressão cósmica está se transformando em névoa. A névoa começa a tomar forma de serpente, que vai em direção deles.

 

ORÁCULO: TRANSE DE PÍTIA (PYTHÍA TRANCE)!

SEIYA: Cuidado!!!!

 

Eles se defendem, mas a explosão acontece. Porém eles não tomam dano algum, apenas a névoa se espalhou por onde eles estavam e eles não enxergam nada. Cada um só consegue ver a si mesmo.

 

SEIYA: O que... O que está acontecendo?

SHIRYU: Seiya... Hyoga... Shun!!!

HYOGA: Essa névoa, ele....

SHUN: Onde estão todos?

 

E então de repente, de dentro da névoa, sai o Oráculo em direção a Shiryu, que recebe um ataque, mas o pára com seu escudo. Shiryu o empurra, então ele adentra a névoa.

 

SHIRYU: Covarde, ficará apenas usando essa névoa como artimanha?

 

O mesmo ocorre com todos os outros cavaleiros, parece que eles estão enfrentando um Oráculo cada um. Shun fica apenas na defensiva. Hyoga o ataca acertando-o em cheio. Seiya tenta atacá-lo, mas toda vez que o faz ele some. Enquanto Shiryu é acertado pelo Oráculo que apareceu por trás, fazendo-o cair de frente. Quando Shiryu percebe, suas costas estão congeladas.

 

SHIRYU: Mas.... Que tipo de poder você possui?

 

A mesma batalha continua. Enquanto todos atacam, Shun apenas se defende, mas o Oráculo parece não atacá-lo. Shun então, decide passar para ofensiva. Ele puxa sua corrente, que mira para um lado e então ataca.

 

SHUN: Não importa onde você esteja, minha corrente vai até onde está. Mesmo que esteja a quilômetros daqui. ONDA RELÂMPAGO (THUNDER WAVE)

Enquanto isso, Shiryu se recupera do ataque anterior e percebe o Oráculo de relance e então parte para atacá-lo. Porém, repentinamente, um ataque lateral o atinge e lhe causa um ferimento grave no braço direito. Shiryu, sem entender, cai e segura seu braço ferido e sangrando bastante.

 

SHIRYU: Argh.....

 

O ataque de Shun sai da névoa e segue até o Oráculo, que junta cosmo em uma de suas mãos, repelindo a corrente de Shun. De dentro da névoa, Shun sente que sua corrente foi repelida, porém estranha o fato de sua corrente estar cheia de sangue.

 

(SHUN): Mas, eu achei que minha corrente tivesse sido repelida.... Será que eu acertei?

 

Shiryu se levanta, achando estranho, mas confirma sua teoria.

 

(SHIRYU): Esse ataque...

SHIRYU: Seiya !!!! Hyoga !!!! Shun !!!! Parem de atacar !!!! Nós estamos atacando uns aos outros!!!!

ORÁCULO: Hum... Não era tarde para você descobrir, deve conhecer muito bem seus parceiros de batalha.

SHIRYU: O que? É muito mais do que isso, a ligação que nós temos é muito maior do que de parceiros ou amigos. Na verdade, está muito além até do laço de sangue.

ORÁCULO: Veja só! É uma pena que nada disso agora vai ajudar, percebeu? Eles não estão te ouvindo!

 

E então, mostra-se a imagem de todos ainda tentando lutar contra as imagens do Oráculo.

 

SHIRYU: Mas como?!

ORÁCULO: A minha névoa, ao ser inspirada, penetra diretamente no cérebro. Ela controla todos os seus sentidos e ainda confunde a sua sensação cósmica. Ou seja, minha técnica tem o patamar de confundir até seu sétimo sentido. Você só consegue se libertar dela, se não a inspirar por um tempo e eu consigo manipular perfeitamente cada centímetro cúbico de minha névoa. Por mais que você a disperse eu posso trazê-la de volta. Pois você não saberá em que local ou em que quantidade, estarei dispersando.

SHIRYU: Maldito!

ORÁCULO: Mesmo com você descobrindo, ainda estará preso em minha técnica. Agora, me dê licença, que preciso matar uma deusa!

SHIRYU: Espere!!!

 

O Oráculo, que não estava lá no meio da fumaça, apenas se vira novamente e olha para Saori que está fraca, caída lateralmente ao chão.

 

ORÁCULO: É o seu fim, deusa imunda!!!

 

Quando o Oráculo vai atacá-la ele se assusta. Um grande vendaval desce dos céus com centelhas de fogo e cai a frente dela. Nessa pequena explosão que deixa até um buraco no local eis que surge, IKKI.

 

IKKI: O único imundo aqui será você após eu arrastar essa sua cara no chão. GOLPE FANTASMA DE FENIX (PHOENIX GENMA KEN)

Ikki dispara o seu ataque, porém ele é parado com apenas um dedo próximo a testa do Oráculo.

 

ORÁCULO: Então decidiu criar ilusões em minha mente como eu criei na de seus companheiros? Acha mesmo que assim como previ o golpe deles não posso prever os seus?

 

Ikki nem ao menos se abala e diz:

 

IKKI: Se não há como você não prever, então é só apenas eu criar um ataque....

IKKI: Que você não possa resistir!!!!! AVÊ FENIX (PHOENIX HOYOUKU TENSHO)

Ikki queima imensamente seu cosmo e manda um poderosíssimo ataque. O Oráculo tenta se defender mas é inútil, ele é arrastado pela força e jogado para o alto. No mesmo momento, a névoa é afastada, liberando todos do transe que estavam. Porém, os mesmos têm que se segurar para não serem arrastados pelo golpe de Ikki também.

 

IKKI: Vocês estão bem? Parece que....

 

Parece que Seiya e os outros ainda não escutam Ikki, pois o efeito parece ainda não ter passado completamente.

 

IKKI: Não importa... Atena!

SAORI: Ikki!!!

 

Saori aponta para cima. Ikki não acredita. Seu capacete voou, mas o Oráculo ainda está inteiro no ar. Ele está preso pelas pontas da parte das costas de sua armadura, que formavam um sol. Estas se esticaram e prenderam-se nas parede e chão. Pois o teto não existe mais faz um tempo.

 

IKKI: Não é possível.

ORÁCULO: Vejo que Atena tem mesmo valorosos guerreiros. Mas vocês, nada são perante o nosso deus. E é por isso que aqui dentro eu sou invencível.

IKKI: Pare de bobagens. Não é a primeira e não será a ultima, que pego idiotas falando as mesmas baboseiras que você!!!

ORÁCULO: Pelo que parece você não entende...

SAORI: Ikki cuidado...

IKKI: O que?!

SAORI: O cosmo de Apollo!!!

 

E então do céu, uma gigantesca labareda de fogo desce, atingindo Ikki diretamente, despedaçando sua armadura de bronze.

No momento que Ikki é atingido, Shun volta à consciência, tanto ele quanto Saori gritam juntos:

 

SAORI e SHUN: Ikki!!!

 

Os outros cavaleiros de bronze vão voltando à realidade. Mas antes de qualquer coisa, o cosmo de Shun fica tempestuoso. Todo local é tomado por um vendaval poderosíssimo.

 

SHUN: Você....

SAORI: Cuidado Shun, ele está absorvendo o cosmo de Apollo que permanece nesse templo. Assim como o meu cosmo que, durante milênios, foi depositado no Santuário para protegê-lo, Apollo também o fez aqui, e ele está absorvendo esse cosmo para atacar vocês!!!

ORÁCULO: Muito perspicaz você, não é a toa que é chamada de deusa da sabedoria, mas...

SHUN: Não me interessa.

ORÁCULO: O que?

SHUN: Esse homem a minha frente atacou o meu irmão! Ele... eu espero que ele....

 

A imagem passa para Ikki caído ao chão sem nenhum sinal de consciência ou talvez de vida. Shun cerra firme seu punho. Enquanto isso, o vendaval vai fazendo o Oráculo balançar.

 

SHUN: Esse homem não merece o meu perdão.

ORÁCULO: Está se ouvindo, acha mesmo que é capaz de algo?

 

Assim que ele termina a tempestade vai ficando cada vez mais violenta, ele balança mais e mais e começa a sentir uma forte pressão em seu corpo.

 

SHUN: Esse vendaval é apenas o início, ele vai ficando cada vez mais forte, e aumenta o quanto meu cosmo aumentar. Não há limite para sua força.

ORÁCULO: E acha mesmo que isso é capaz de me deter?

SHUN: Achando ou não, eu não me importo! Mostrarei a você então do que sou capaz!

ORÁCULO: Então é melhor fazê-lo rápido, pois com mais um movimento, pulverizarei o corpo dele.

 

Shun então tem um lampejo, é a necessidade de ter de fazer algo, mesmo que ele não queira, e com esse lampejo, ele junta toda sua força de vontade, e lança seu ataque.

 

SHUN: TEMPESTADE NEBULOSA (NEBULA STORM)

A tempestade tem uma força absurda, vai rasgando todo o chão e levanta na direção do Oráculo. Ele mais parece uma pipa em uma tempestade. E vai rasgando o chão e a parede, soltando algumas partes que ele estava preso, sugando o cosmo de seu deus. Vendo essa situação, o Oráculo toma uma atitude.

 

(ORÁCULO): Esse rapaz... Ele é realmente poderoso, sabia que ele me daria um trabalho! Mas agora, não tenho tempo para brincadeiras!

 

Vê-se claramente o cosmo de Apollo fluindo de todo templo para as bordas de sua armadura, que ainda estão esticadas e fincadas em algum lugar do templo. Então, ele junta esse cosmo em sua mão e a estende, quando ele o faz, a tempestade e o cosmo de Shun simplesmente se desfaz. Shun fica sem ação. Os cavaleiros de bronze quando percebem, correm e cercam Shun para ajudá-lo.

 

ORÁCULO: É o fim, aproveitem o ultimo vislumbre da luz do sol com meu ataque, pois após ele, vocês mergulharão numa eterna escuridão. FUSÃO SOLAR (SOLAR MELTDOWN)

O golpe é literalmente o mesmo que atingiu Ikki, porém é maior, englobando todos eles. O ataque é praticamente instantâneo e apenas nesse movimento, ele derrota todos os cavaleiros de bronze.

 

ORÁCULO: E para vocês agora, apenas a escuridão!

 

Os olhos do Oráculo se focam em direção à eles e tudo fica escuro.

 

?????????????

 

Num local totalmente envolto de trevas, onde nada pode ser visto além do vulto de duas pessoas, elas conversam entre si.

 

SOMBRA 1: E então, será que estamos de acordo?

SOMBRA 2: Hum... Ainda estou confuso com isso tudo... O que me pede é um ato de traição.

SOMBRA 1: Não apenas um ato de traição, mas sim de posse de um lugar que já fora seu.

SOMBRA 1: Com a morte de Hades, os domínios do Inferno e Elísios estão fora de suas leis. Você é o único capaz de resgatar quem precisamos, para balancear essa guerra. E no final...

SOMBRA 1: Eu dou minha palavra que tornarei você novamente o deus do mundo inferior. E não apenas deus do mundo inferior de nossos conterrâneos, mas de todo mundo!!!!

SOMBRA 2: Está certo, poderemos prosseguir com isso. Ainda mais que, um dos quais me pede para trazer de volta, quero fazê-lo só para arrancar a cabeça dele!

 

E então, essa segunda sombra ao se aproximar, percebe-se que ele traja uma armadura negra muito majestosa, com um capacete de chacal.

 

OLIMPO - TEMPLO DE APOLLO

 

Ao ver todos seus inimigos derrotados, o Oráculo solta-se do ar e então cai no chão, em pé e vai andando até Atena.

 

ORÁCULO: Seu guerreiros não têm mais forças para lutar e você, muito menos. Colorarei um fim breve ni... O que?!

 

No chão, em frente a Atena, surge uma poça negra borbulhante que vai tomando espaço. Tanto Atena quanto o Oráculo ficam pasmos. Da poça algo vai brotando e tomando uma forma. Aos poucos se pode ver o que é. Ele está tomando forma de um Ankh. Após se formar por completo e parar de escorrer, ele vai, de seu centro, tomando um brilho dourado que cega a todos. E então, de dentro de seu brilho, que mais parece um portal, saem Shion, Mú, Aldebaran, Saga, Kanon, Máscara da Morte, Aiolia, Shaka, Dohko, Milo, Shura, Camus e Afrodite, todos vivos, mas sem suas armaduras.

Saori não acredita no que está vendo. Na verdade nem mesmo os cavaleiros de ouro estão entendendo o que acontece. O Oráculo apenas observa por um tempo e fala.

 

ORÁCULO: Como pode ser possível? Transportar mais guerreiros para cá, não há a possibilidade de isso acontecer, o cosmo de....

(ORÁCULO): Droga, assim que suguei o cosmo de Apollo daqui, a sua barreira de proteção foi desfeita. Por isso Atena deve tê-los trazido até aqui. Mas ela não estava sem forças? Seria esse seu último feito?

ORÁCULO: Não importa, não fará diferença, quantos de vocês vierem até aqui, eu destruirei Atena do mesmo jeito.

 

Saga então toma a frente e diz.

 

SAGA: Só por cima dos nossos cadáveres!!!!

 

E então o incrível embate acontece, no confronto entre eles uma imensurável luz é criada e se mantém. Não há som, apenas uma forte luz que, aos poucos, vai ficando branda e plácida. E então se pode ouvir uma voz doce e cálida.

 

ATENA: Meus valorosos guerreiros, em guerras anteriores como na batalha das 12 casas, e contra Hades, vocês deram suas vidas por mim. Agora que estão de volta, mesmo não sabendo como se deu esse milagre, não deixarei que a vida de vocês se esvaia. Vivam... Meus cavaleiros!!!

 

E então tudo fica escuro novamente.

 

ALGUNS DIAS DEPOIS

 

A imagem escura vai aos poucos clareando, ela está embaçada, e aos poucos vai tomando nitidez. É Seiya acordando, ele está numa CTI onde estão os cinco cavaleiros de bronze e Kanon.

 

SEIYA: Eu.... Eu.... Estou vivo!

 

SANTUÁRIO - SALA ANEXA A SALA DO

MESTRE - REUNIÃO DOURADA


ATENA: Muito bem, estão todos aqui?
SHION: Sim, Athena, menos Mu que foi até a Mansão Kido, levar os cavaleiros ao centro médico.
ATENA: Ótimo, então podemos começar a reunião.

ATENA: Passamos por uma época difícil, tanto para vocês quanto para os cavaleiros de bronze. E gostaria de agradecer a vocês todos por essa atitude nobre de proteger a mim e ao santuário com suas vidas. Porém, temos que reestruturar o santuário novamente. Precisamos da ajuda de vocês, cavaleiros de Ouro, para originar os cavaleiros da próxima geração e redistribuir as armaduras a cada qual que as mereça. Para isso, inicialmente, eu preciso de um cavaleiro para ser o grande mestre do santuário. Ele estará coordenando todos esses passos, para que o Santuário volte a ser o que era antes dessa gigantesca guerra santa.

ATHENA: Shion.
SHION
: Sim.
ATHENA
: Com toda experiência que você teve, durante todos esses anos, como mestre do santuário e mesmo estando sem armadura, ainda é considerado um cavaleiro de ouro. Por isso, eu o nomeio novamente, mestre do santuário.
SHION
: Obrigado, minha deusa, estou muito feliz com sua escolha.
Saga de longe dá um sorriso com a cabeça baixa, fica feliz com a decisão, e pensa:
(SAGA)
: Fico imensamente feliz. Por mais que eu não tenha sido nomeado o mestre do santuário, tenho a honra de atualmente ser um dos 12 guardiões de Athena, não quero mais do que isso para mim.
ATHENA
: E quanto a vocês, Máscara da Morte, Shura, Afrodite?
Ambos ficam paralisados de medo por um instante, e se levantando cada um diz:
MASCARA DA MORTE
: Minha Deusa, por toda minha vida de cavaleiro eu nunca tive a sua imagem como meu exemplo, nunca a vi, por isso nunca tive um vinculo forte com você.
AIOLIA
: Mas como pode, nem nós a vimos e não é por isso que nossa fé em nossa deusa diminuiu.
ATHENA
: Aiolia, deixe que ele continue, por favor.
AIOLIA
: Desculpe, minha deusa.
MÁSCARA DA MORTE
: Sabe, Athena, por muitos anos vivi apenas como cavaleiro, não como cavaleiro de Athena, e hoje me sinto orgulhoso por servi-la diretamente.
ATHENA
: Isso é muito bom, Mascara da Morte, Mas com relação a sua maldade, não te condeno por isso, só condeno que esse ódio na batalha seja usado contra inocentes.
MASCARA DA MORTE
: Sim, senhora.


Máscara da morte fica com uma expressão de repreensão mista com medo.

 

ATHENA: Se você usar toda essa vontade de lutar para proteger inocentes, você terá minha benção.
MASCARA DA MORTE
: Obrigado, minha deusa.
ATENA: E quanto a você, Afrodite?
AFRODITE
: Er... Minha cara Deusa! A beleza para mim, como todos sabem, está acima de tudo e a beleza de teu cosmo brilha mais alto que a beleza da divina deusa no qual trago meu nome. Assim como Máscara da Morte, sentindo sua presença perto de nós, não tenho palavras para descrever como me orgulho de ser um cavaleiro a seu serviço.


Athena sorri.

ATHENA: Muito galanteador, Afrodite. Pois bem, já que iniciamos a reunião, temos mais coisas a acertar.

SHURA: Minha deusa...

 

Shura já estava chorando antes mesmo dela lhe falar. E então se ajoelha.

 

SHURA: Não há nada que possa fazer para desculpar meus erros, o que posso fazer é lhe oferecer minha vida para pagar meus pecados.

ATHENA: Levante-se Shura!

 

Shura então se recompõe.

 

ATHENA: Todos vocês tiveram seus motivos, não há porque se portarem desse jeito. A partir de agora eu estarei aqui para guiar todos vocês como verdadeiros cavaleiros de Atena.

AIOLIA: Atena, se me permite....

SAORI: Sim Aiolia.

AIOLIA: E meu irmão? Porque.... Porque ele também não foi revivido? Ele estava conosco quando atiramos nossas vidas contra o muro das lamentações, porque ele não....

SAORI: Aiolia, não o enganarei. Realmente, não entendi o ato da ressurreição de vocês. Até agora, não tenho pistas do por que e quem fez isso.

AIOLIA: Será que Hades...

SAORI: É muito improvável, com sua derrota ele foi direcionado para o Tártaro. E de lá, não pode usar seus poderes em nenhuma esfera.

SHION: Ainda estaremos investigando isso. Aiolia, por agora temos que estarmos felizes de estarmos vivos para proteger Atena.

AIOLIA: Tem razão, me desculpe.

 

A partir disso, Athena fica conversando com eles por horas, e no final da reunião ela diz:


ATHENA

: Bom, já que tudo foi discutido, todos vocês estão dispensados para voltar à casa de vocês e proteger o NOSSO santuário.


Quando Dohko está se retirando, Athena pede para ele esperar.


ATHENA

: Espere.


Dohko volta e pergunta o que houve.


ATHENA: No momento eu preciso de todos os cavaleiros dentro do santuário, esse é um dos motivos pelo qual eu convoquei a reunião dourada. Eu não estou com um bom pressentimento, já que Amon-Rá está de volta nesse mundo, e os guerreiros egípcios já deram problemas a nós. Além do mais, não precisamos mais de vigiar o selo de Hades, já que agora ele está no Tártaro.
DOHKO
: É verdade! Na época em que você ainda era um bebê, os cavaleiros de Ouro enfrentaram alguns guerreiros de Amon-Rá. Mas eles eram liderados pelo deus maligno Anúbis, que com o cetro de Amon-Rá, liderou seus guerreiros para um ataque maciço ao santuário. Não tenho certeza se Amon-Rá seria igual a eles.
ATHENA
: Sim, mas... Tem algo estranho que eu estou sentindo nisso tudo, e eu gostaria que você ficasse também.
DOHKO
: Mas é claro minha deusa, me encaminharei até minha casa então.
ATHENA
: Sim.

MANSÃO KIDO

Os cavaleiros de Bronze estão hospitalizados em um dos cômodos para recuperarem de seus ferimentos. Enquanto isso. algo de estranho acontece do lado de fora: uma névoa vai se aproximando do centro médico onde os cavaleiros de bronze estão. De lá sai um Homem, de cabelo curto num tom acobreado e olhos castanhos. Com uma roupa egípcia, por baixo de uma armadura num tom dourado, com partes laranja. E com uma foice com um Rubi na ponta. Ele diz:

 

?????: Os cavaleiros de bronze não deveriam ser problemas para nós, mas já que é uma ordem, eu tenho que acatar.

 

Ele aponta a sua foice para o centro médico, e do Rubi sai um Raio vermelho. Quando o raio está prestes a atingir o centro médico, ele é parado por uma espécie de barreira. Assustado com o acontecimento, ele fica com raiva de ter falhado e prepara um raio ainda mais forte, mas das sombras de uma árvore sai Mu de Áries.

 

: Não adianta tentar, seu poder não romperá a parede de cristal! Quem é você que vem com o intuito de matar os guerreiros de bronze?
?????: Eu não devo satisfação a você! Eu vim apenas cumprir o que me foi incumbido, e eu o farei mesmo que seja necessário matá-lo!

 

Num tom frio, Um responde:

 

MÚ: Me matar??? Você se considera um homem capaz disso? Se sim, venha e me enfrente!!!


CAPITULO 3 - INVASÃO INESPERADA.

CAPITULO 3 - INVASÃO INESPERADA

MÚ: Me matar, você se considera um homem capaz disso? Se sim, venha e me enfrente.
?????: Você é convencido demais, o que acha que fará sem sua armadura?
MÚ: Não preciso de minha armadura para enfrentar alguém como você.

Irritado o guerreiro corre para cima de Mu, e com sua foice ele começa a tentar golpeá-lo, esquerda, direita, lateralmente; Todos os ataques são desvencilhados facilmente pelo cavaleiro de Áries.

MÚ: Você é lento demais, pelas cores de sua veste, deve ser a classe mais baixa de sua tropa.

O guerreiro continua a golpear com ainda mais raiva pelas palavras de Mú, até que cansado de se esquivar Mú pula para o alto, retornando com uma voadora em direção ao guerreiro egípcio, o que assusta Mú é que o mesmo conseguiu o enxergar e o parou com sua foice.

SIPTAH: O que estava dizendo?

Um cosmo estranho sai do corpo desse guerreiro, antes seu cosmo era avermelhado, agora seu cosmo se mistura com um cosmo negro. Mú pula para trás pegando apoio na própria foice na qual foi parado e fica de pé. Queimando esse cosmo negro o guerreiro egípcio atira sua foice contra Mú numa velocidade incrível, mas ela some antes de atingi-lo. O cavaleiro de Athena fica estranhando aquela situação e na espreita para aguardar o verdadeiro ataque, mas nada acontece

SIPTAH: PHANTOM SCYTHE (FOICE FANTASMA).

Siptah parte para cima dele e começa a atacá-lo. Mu vai esquivando de seus ataques, até que acha uma brecha no ataque de seu oponente e tenta revidar, mas nesse momento o egípcio some e no seu lugar aparece novamente a foice que foi arremessada contra ele. Sem ter para onde sair, Mu é cortado ao meio!!!!

Mas não é o que parece, a imagem de Mu cortado ao meio desaparece, ele se teletransportou !!!
Ao voltar de seu teletransporte, Mú fica pensativo e achando estranho a situação.

(MÚ): Como um guerreiro de classe tão baixa pode estar se movendo numa velocidade tão alta quanto a minha? O ataque de sua foice deveria parecer estar em câmera lenta para mim, mas ele quase me acertou. E que cosmo negro é esse saindo de seu corpo? Não importa, não posso deixar que ele faça mal algum aos cavaleiros de bronze !!!

O guerreiro Egípcio ri com desdém, mas logo depois fica espantado com o aumento absurdo do cosmo de Mú que se prepara para mandar seu STARLIGHT EXTINCTION (EXTINÇÃO ESTELAR), porém nesse momento chega outro guerreiro Egípcio, este com uma Almayzars* negra na qual reflete a luz da lua, e com partes vermelhas como chamas. Esse se apresenta como Asheru de Narmer!!!

ASHERU: Siptah. Você não deveria incomodar os cavaleiros de Athena, isso não deveria ser uma atitude de um Heliópodo**. Me desculpe, cavaleiro.

*(Almayzars = São a denominação das armaduras dos Heliópodos)
**(Heliópodo = Guerreiros de Amon-rá, Heliópodos vem do latin, pés de Heliópoles, mas pode ser interpretado como guerreiros de Heliópoles também)

MÚ: O que vocês vieram fazer aqui? Matar os cavaleiros de bronze? Por quê???
ASHERU: Cavaleiro, Amon-Rá voltou à Terra para se livrar dos deuses maléficos que tentam destruir o planeta sagrado. Ele quer um planeta governado por deuses que imponham fidelidade dos humanos a eles. Aqui está ficando um caos pela falta de governo dos deuses dessa terra, e isso tem que acabar. Siptah se precipitou achando que Athena fosse como Apollo, mas não foi isso que pareceu quando os cavaleiros de Athena foram contra as ambições dele, isso não é verdade, Cavaleiro?
MÚ: Er.. Sim.
ASHERU: Isso é uma atitude vergonhosa, Siptah!

Siptah ajoelha-se pedindo desculpas pela sua atitude precipitada. Mu fica achando algo estranho na situação.

ASHERU: Em nome do meu deus, venho pedir minhas sinceras desculpas. Vamos Siptah.
SIPTAH: Sim senhor.

Nesse momento chega Seiya, Asheru olha para ele e vira as costas, ele e Siptah somem numa névoa escura.

SEIYA: Espere !!!! Argh...
MÚ: Seiya !

Seiya sente dor em seu ferimento que está enfaixado.

SEIYA: Guh... q... quem... quem são eles Mú.
MÚ: Eles......
: Vamos para dentro, você precisa se recuperar, lá dentro eu lhe explico.

Mú leva Seiya apoiado em seu ombro para o quarto do hospital.

TEBAS – EGITO

No templo de Amon-Rá estão o próprio em seu trono, Quatro Heliópodos com armadura com marcas de camas vermelhas em sua Almayzard, similares a de Asheru ajoelhados, uma legião de outros guerreiros mais atrás e Seth, deus da violência ao lado do Deus Sol. Asheru  Adentra no templo através do portal de fumaça negra que fora criado e vem dizendo que pegou Siptah indo ao encontro dos cavaleiros de Athena.

AMON-RÁ: Isso é verdade??
SIPTAH: Sim, eu queria acabar com os cavaleiros de bronze de vez para que o senhor ficasse livre da corja dos cavaleiros.

Amon-rá ficara irado e diz:

AMON-RÁ: Nada !!! Mas nada deve ser feito sem minhas ordens. Por causa desse comportamento inadequado dele eu terei que me apressar em ressuscitar os outros deuses.
SIPTAH: Perdão, meu deus, eu não o desobedecerei de novo, mas isso foi uma ordem de...
SETH: Esse traste merece a morte !!

A armadura der Seth, parece ser viva, ela serpenteia de acordo com seu cosmo e ele prepara-se para atacar O Heliópodo, porém Amon-rá para Seth estendendo o braço a sua frente. Logo em seguida ele Amon-rá faz um sinal com o dedo como se ele o pedisse para vir até ele, falando um dialeto egípcio antes que Siptah termine de falar e de repente ele começa a sentir algo estranho: sua alma sai, deixando apenas seu corpo acinzentado no chão, enquanto sua alma vai até a mão de Amon-Rá.

AMON-RÁ: Agora é o momento, todos os meus servos devem se sacrificar para a ressurreição dos deuses. Ao redor de meu Templo existem outros que foram construídos para os outros deuses que serão ressuscitados. Vá, Siptah, junte-se aos deuses para formarmos um mundo melhor.

Em seguida ele começa a falar em egípcio novamente, mas dessa vez como se fosse uma prece, a prece do sacrifício aos deuses...
Na cidade de Tebas as pessoas trabalhando no resto do templo de Amon-Rá começam a sofrer, suas almas vão saindo uma a uma e entrando nas estátuas dos deuses, percebe-se que a estátua de Seth não está lá, com todas as almas adentrando na estátua de Anúbis, vê-se uma rachadura, e esta rachadura mostra um pedaço de sua pele; no centro de comércio da cidade, os comerciantes e compradores se retorcem de dor no chão, implorando para que isso pare, mas suas almas também são levadas, e por toda Tebas isso vai acontecendo...
Um grande amontoado de almas circunda toda a cidade e vai se dirigindo para o Templo de Amon-Rá.
De volta a sala do trono, Asheru fala a Amon-Rá:


ASHERU: Senhor, ainda falta muito para que os deuses sejam ressuscitados?
AMON-RÁ: Em Tebas nós temos almas o suficiente para trazer todos os deuses sem nenhum problema, logo todos os deuses estarão de volta para que nós possamos começar a purificar o mundo. No momento Anúbis está sendo mandado para o front de batalha.
ASHERU: Acha mesmo que Anubis acabará com o santuário sozinho? Nem mesmo com seu exercito anos atrás ele conseguiu...
AMON-RÁ: Eu não quero que ele faça o trabalho que é meu, mas que pelo menos ele abra um caminho e chame atenção para que possamos continuar o ritual sem que ninguém nos atrapalhe.
AMON-RÁ: Meu servos, preciso ficar sozinho, eu preciso me concentrar para que o processo siga mais rápido.
TODOS: Sim Senhor...
AMON-RÁ: Rudiju !!!
RUDIJU: Sim meu senhor !!!

Rudiju é um dos quatro Heliópodos com a armadura marcada por chamas vermelhas similar as marcas da armadura de Asheru que estavam ajoelhados mais a frente próximos ao trono de Amon-rá. Ele tem um cabelo e barba ruiva bem escuro e traja uma armadura com ornamentos de cavalo em sua ombreira e punho direitos, além de um escudo imenso em seu braço esquerdo.

AMON-RÁ: Preciso de sua oferenda de sangue, sabemos que os guerreiros de Athena não matarão humanos e isso nos trará uma vantagem em nosso flanco de ataque, tome, leve consigo.

Amon-rá lhe estende a mão com um frasco escuro, Rudiju dá um leve sorriso.

RUDIJI: Agora mesmo senhor. Khay !!!
KHAY: S... Sim !!!
RUDIJU: Venha comigo.

Khay é outro dos 4 que estavam ajoelhados e sua armadura se assemelha muito a de Rudiju, porém ela parece ser a mesma armadura só que em um tamanho menor e protegendo menos seu corpo.
Todos se retiram do recinto.

CENTRO MÉDICO – ORAGANIZAÇÕES KIDO

No hospital, Seiya se senta em sua cama de hospital.

SEIYA: Mú, me explique o que aconteceu, onde estamos?
: No hospital da organização Kido. Vocês estão se recuperando da batalha que tiveram contra o Oráculo.
SEIYA: É... Não rápido o suficiente.

Seiya então fica pasmo, quem está a sua frente é Mú, que morreu no muro das lamentações para abrir caminho para eles prosseguirem ao Elísios para salvar Athena, logo em seguida, um flash de meória passa por sua cabeça e ele lembra que logo após ter desmaiado com o ataque do Oráculo, ele recobra a consciência por alguns segundo e vê que está sendo carregado por Aiolia. E vê apenas todos fugindo do templo de Apollo e vários moradores desesperados com a presença de guerreiros que vieram apenas para trazer a ruína ao local. Todos corriam e fugiam de medo, alguns poucos tentavam atacar mas por sua falta de força não obtiveram sucesso perante a cavalerios de ouro, que nem ao menos tentavam contra-atacar.
Sua ultima lembrança era estar apoiado por Aiolia e desmaiar.

SEIYA: Mas.... como?? Não só você, mas...
MÚ: Sim Seiya, incrivelmente todos nós cavaleiros de ouro, fomos ressuscitados por um poder ainda desconhecido. Nem mesmo Athena sabe como isso foi possível.
SEIYA: Mas isso é uma ótima noticia.
MÚ: Sim, mas junto com essa vem uma noticia ainda mais entranha.
SEIYA: Estranha...?
: Com todo o ocorrido no Olimpo, esperávamos uma retaliação. Por esse motivo fui mandado até aqui para cuidar da segurança de vocês, e realmente o hospital foi atacado.
SEIYA: O que? Mas quem nos atacou.
MÚ: Essa resposta é que me deixou confuso. Como tudo ocorreu no Olimpo, imaginávamos que seriamos atacados por alguém a mando dos 12 olimpianos. Mas incrivelmente não foram eles.
SEIYA: Não foram, como assim? Está dizendo que temos um outro inimigo?
MÚ: Inimigo ou não, eu não sei. Mas já tivemos trabalho com eles no passado. E agora eles aparecem assim, tão de repente.
SEIYA: Vamos Mú, me diga quem são.
MÚ: São os guerreiros de Amon-rá. Deus Egípcio do Sol.
SEIYA: Amon-rá !? Mas... então.

Seiya diz isso com uma cara de espanto.

MÚ: Porque está tão espantado Seiya?

Seiya então começa a se lembra, de quando Agamedes, um dos guerreiros de Apolo, se transforma matando seu próprio deus.

SEIYA: Amon-rá.... foi como o guerreiro que matou Apolo se denominou.
MÚ: Então ele foi o responsável por aquilo.
SEIYA: Sim.
MÚ: Mas então o que o guerreiro dele disse...

Mú relembra das palavras de Asheru.

ASHERU: Siptah se precipitou achando que Athena fosse como Apollo, mas não foi isso que pareceu quando os cavaleiros de Athena foram contra as ambições dele, isso não é verdade, Cavaleiro?

Ainda confuso, Mú pensa alto.

MÚ: Tudo isso é muito estranho, não tenho certeza ainda se isso foi apenas um erro deles ou se foi intencional.
SHIRYU: Então tudo faz sentido!

Seiya assustado arregala os olhos e diz:


SEIYA: Shiryu, você não estava desacordado?
SHIRYU: Não, Seiya, acordei faz um tempo.
SHIRYU: Deixe-me explicar melhor a situação, Amon-rá é o deus sol, assim como Apollo também é. Acredito que por algum motivo específico, Amon-rá precisava de Apollo fora do caminho, a questão é, e se ele nos usou para conseguir realizar seu plano?
MÚ:  Ainda tenho minhas dúvidas sobre todo o ocorrido. Apesar de já lutarmos contra guerreiros do Egito, nunca combatemos diretamente seu deus principal. Ele nunca se intrometeu diretamente em planos terrenos. Não há registro algum disso. Sempre que houveram conflitos eram deuses de um plano abaixo se utilizando de seus poderes sem seu conhecimento. Irei contar algo a vocês que ocorreu pouco antes de vocês se tronarem cavaleiros.
MÚ: A sete anos atrás, o santuário foi atacado por Anúbis e seus Necrópodos. Anúbis é um Deus Egípcio muito poderoso, se fossem apenas seus guerreiros a luta não teria sido tão árdua, mas ele roubou o cetro de Amon-Rá, que lhe deu total controle sobre os guerreiros dele, nesse momento eu estava em Jamiel e não pude proteger minha casa, Aldebaran estava em uma missão passada pelo mestre do santuário, então Anúbis sozinho, pois seus Necrópodos já haviam sido derrotados pelos cavaleiros de prata e por Shaka, que estava com os moradores durante a invasão, passou pelas casas de Áries, Touro e Gêmeos, até esbarrar com Mascara da Morte, que estava combatendo-o quase de igual para igual. Mascara da morte estava numa certa desvantagem, e então ele usou sua técnica o “SEKISHIKI MEIKAI HÁ”. Seu maior erro foi não conhecer o inimigo...
MÚ: Seu maior erro foi não conhecer o inimigo, Anúbis tem o poder de seduzir as almas prometendo-as a vida eterna.
MÚ: As almas, quando foram buscar Anúbis, voltaram atrás de Mascara da Morte, que ficou preso no mundo dos mortos até conseguir restabelecer sua força em cima deles novamente. Anúbis passou pela casa, mas foi pego pela estrondosa força de Aiolia. A luta foi demorada, mas Aiolia venceu. Se Anúbis, que é um Deus subalterno que estava sem a regência de seu Deus nessa época, era forte, atualmente se ele for ressuscitado ele estará mais forte, e Amon-rá deve ser muito superior a ele.
SEIYA: Nós precisamos urgentemente ir para o santuário, estou com um pressentimento ruim sobre isso...

Quando Seiya olha para o lado, não são apenas cinco camas de UTI, Kanon também está lá desacordado.
Kanon continua desacordado.

SEIYA: Mas Kanon....
MÚ: A batalha contra o Oráculo foi muito intensa, ele usava o cosmo de Apolo remanescente em seu templo. Ele não media o suo de seu poder, vocês todos seriam acertados pelo poder que vinha em sua direção, porém mesmo sem sua armadura, Kanon se meteu na frente para proteger vocês.
SEIYA: Kanon...

VILA RODÓRIO

Os moradores da vila rodório estão levando suas vidas normalmente, É uma vila pacata e pobre, onde as pessoas ainda trabalham com agricultura para sobreviver, Lá está um trabalhador carregando furtas num carrinho puxado a mão, quando de repente sente um vento forte passando, ele, tenta se proteger, mas o vento passa rapidamente, sem entender que vendaval é esse ele continua seguindo seu caminho, até chegar na loja onde iria entregar o seu material. Ao chegar um dos atendentes que iria receber a mercadoria se assunta.

ATENDENTE: Ei você, você tem algo em sua testa, parece... Sangue.
CARREGADOR: Sangue?

Ele esfrega a mão aonde o atendente lhe falou e olha para suas mãos, mas não há sangue algum em suas mãos, porém sua testa continua com a marca de sangue.

CARREGADOR: Mas... não tem sangue aqui.
ATENDENTE: Apesar de você ter esfregado, sua testa continua suja de sangue, e ele parece fresco.
CARREGADOR: há alguma pia na qual possa me lavar?
ATENDENTE: Mas é claro, fica nos fundos da loja.

O carregador segue até lá e lava seu rosto, eu seguida olha num pedaço de espelho que acima do tanque de lavar roupas está, porém o sangue não saiu, e tem a aparência de sangue fresco.

CARREGADOR: Como isso é possível? Esse...

E ele começa a esfregar incessantemente.

CARREGADOR: Vamos lá... sai !!!!

Quando ele está tentando tirar o sangue, ele sente uma forte corrente de vento passando pela lateral da loja, e então ele lufando por dentro da loja, abrindo janelas e portas. Assustado com o ocorrido ele fecha o tanque e vai lá para dentro.

CARREGADOR: O que foi isso ???
ATENDENTE: Nossa, eu não sei, um vendaval passou aqui por fora e entrou na loja, muitas coisas voaram longe, foi tão rápido.
CARREGADOR: O que ?!!

O carregador percebe que tanto o atendente quanto dois clientes estão com a mesma marca de sangue do que ele na testa.

CARREGADOR: Sua testa... ela também tem uma marca de sangue !!!!

SANTUÁRIO – SALA DO MESTRE

Os cavaleiros chegam na sala do mestre e pedem permissão para ver Athena.

SEIYA: Shion, precisamos falar imediatamente com Athena.
MÚ: Seiya, veja os modos como você fala com o mestre, não se dirija a ele apenas como Shion.
SHION: Não se preocupe com isso Mú. O que deseja falar com Athena, Seiya??
SHIRYU: Não é só ele, somos todos nós... Existe uma grande possibilidade de Amon-rá estar se preparando para uma guerra.
SHION: Uma guerra?
SHIRYU: Eu juntei as peças e pensei, ele nos usou para irmos até Apollo, gastando todo seu poder ele conseguiu matar o deus, e nos deixou lá a sós para que nos autodestruíssemos e a terra estaria então sem proteção.
SHION: Sim, mas sem um motivo ainda aparente todos os cavaleiros de ouro foram ressuscitados. Quem seria o responsável por isso?
HYOGA: Provavelmente alguém que não quer que Amon-rá concretize seus planos, mas quem teria poder suficiente para isso?
SHION: O inferno e o paraíso não existem mais, não sabemos como as regras de Hades exercem hoje em dia. Há tanta coisa sem explicação, que até mesmo nós não sabemos o que pode vir a acontecer.
SHION: E Mú, quanto as armaduras, todas elas já estão reparadas.
MÚ: Mas... elas estavam praticamente mortas!
SHION: Sim, mas... os bravos guerreiros de bronze, Jabu, Ichi, Nachi, Ban e Geki deram seu sangue para ajudar os cavaleiros de ouro, nesse momento eles estão repousando. Bom já que terminamos por aqui vocês peguem seus cofres e sigam até usas casas.
TODOS: Sim.

Antes de todos partirem Aiolia faz uma pergunta a Shion.

AIOLIA: Mestre, e quanto a meu irmão Aiolos? Alguma noticia sobre ele?
SHION: Seu irmão?
AIOLIA: Sim, no momento em que todos nos juntamos para destruir o muro, ele estava lá, eu tenho certeza que era ele.
SHION: Aiolia... não sei te dizer, mas... desde que eu estive em Hades, eu nunca senti a presença de seu irmão...

Aiolia se assuta, mas todos acabam se assuntando com o imenso tremor que ocorre em todo santuário.

MÚ: Mas... O que é isso???

Seiya cai pra trás com o tremor.

SEIYA: Ahhhg!!!
SHUN: Lá fora... Vamos ver o que está acontecendo!

Os cavaleiros vão para o lado de fora da 13ª casa e vêem lá embaixo, um pouco afastado, mas próximo à casa de Áries, o chão se rompendo, e de lá começam a emergir três pirâmides, uma em cada lugar diferente, tendo de distancia de cada uma mais ou menos em torno de meio kilômetro.
Todos ficam atônitos com a cena.

SHION: É um ataque!!! Rápido, todos para suas casas...
TODOS: SIM!!!
SEIYA: E quanto a nós, Shion???
SHION: Vocês fiquem aqui. No momento Athena precisa saber que o santuário está sendo atacado.

Nisso Athena aparece na Sala de Shion.

ATHENA: Eu já estou ciente da situação, então Amon-Rá ressuscitou os outros deuses...
SHION E OS CAVALEIROS DE BRONZE: Os outros Deuses!?!?!?!
ATHENA: Sim, durante a época em que eu ainda era um bebê houve uma guerra dos Deuses aqui no Santuário. O deus Pontos ressuscitou os titãs para criar uma guerra de Deuses e se aproveitar da guerra entre eles e o santuário para na hora certa ressuscitar a mãe Gaia para ela retomar a terra. Porém, nós juntos sobrepujamos esses deuses e vencemos a batalha. Agora o santuário passará por mais uma guerra dos Deuses, mas agora não uma guerra de deuses comum, mas uma guerra mitológica.
SEIYA: Mas, mas... Como pode isso, Saori, como podem haver dois deuses do Sol.

Saori reluta em contar, mas vê que não há opção.

ATHENA: Nesse momento contarei algo que pode fazer vocês questionarem sua fé por mim e pelos deuses num todo.
ATHENA: A história conta que nós, deuses do olimpo, existimos muito antes da criação dos humanos, que nós fomos os responsáveis pela criação de tudo e de todos, mas.... A verdadeira história não segue esse caminho.
TODOS: Como é que é?
ATHENA: Serei breve e explicarei a existência dos Deuses: Os seres humanos, pela sua própria fragilidade, usaram sua inteligência para sobreviver, porém mesmo com tamanha inteligência, seus corpos frágeis, sempre foram alvos fáceis de certos predadores e principalmente a doenças. Com medo da morte, os seres humano rogaram para um poder maior para que protegesse-os, e com essa fé e a força de seus cosmos é que fora dado a ignição de nossas vidas, a vida dos Deuses!!!
ATHENA: Como todo esse cosmo e força de vontade reunidos, essa massa cósmica tomou forma de uma vida inteligente na qual nasceu para cuidar e proteger os humanos. E atuando nesses milagres que eles nos nomearam seus deuses.
SHION: Nossa !!!
ATHENA: Nós, Deuses, em certos termos, não somos nada mais do que criações dos humanos, não temos um físico criado por nós ou por uma força divina maior. Nós somos a fé dos seres humanos, vocês nos criaram e são vocês que nos dão tamanha força com a sua fé. Os Deuses nasceram da crença dos humanos de algo superior, algo que zela por eles, e é por isso que estamos aqui, para zelar por vocês e nada mais.
SHIRYU: Então fomos nós, humanos, que criamos os deuses???
ATHENA: Sim, e nós estamos aqui para servir a vocês, porém depois de entender um pouco mais sobre seus poderes, muitos deuses não admitiram mais isso, pois começaram a se contaminar com os pecados humanos como exemplo a eles, muito ficaram com inveja e cobiça do que os humanos poderiam fazer e eles não, e então eles decidiram que não deveriam mais servir, e sim, ser servidos. Depois de muitos anos impondo medo, ocorreu o contrário, eles começaram a ser esquecidos, e pior, deixaram de ser temidos pelos humanos e o fato de não temê-los pode por abaixo anos e anos de submissão, não só a fé, mas o medo humano alimenta a força dos deuses.
HYOGA: Agora entendo, tudo faz sentido!

Já em sua casa, Shaka tem um pressentimento e contata Athena mentalmente.

SHAKA: Athena!!!
ATHENA: Hã, Shaka, é você!?
SHAKA: Sim, Athena, estou pressentido a chegada de guerreiros no santuário, eles estão atravessando um tipo de vortex dimensional pelas pirâmides.
ATHENA: Sim, os cavaleiros estão posicionados para detê-los.
SHAKA: Mas não é só isso Athena... ughh... eu vejo... gritos de pavor.. e vem de... Tebas, no Egito. Tudo está sendo devastado, e os países mais próximos estão sendo invadidos também, me parece ser um ataque que começará a ser global.
ATHENA: Então é isso! Eles estão atacando o santuário para garantir que não seremos incômodo.
SEIYA: Isso é o que eles pensam, vamos acabar com esses egípcios.

Perto das pirâmides estão Rudiju e Khay. Rudiju está sem seu escudo, ele está com o frasco que Amon-rá deu a ele aberto, e está com a mão esquerda com dois dedos na altura de sua testa citando palavras egípcias como se fosse uma prece. Nesse momento todos os moradores de Rodório que parecem estar com a mesma marca de sangue do carregador começam a sofrer com uma queimadura onde o sangue fora colocado. Rudiju continua com sua prece e então ele passa em sua mão um pouco do sangue que está dentro do frasco que Amon-rá lhe deu e com um rápido movimento de mãos ele faz o primeiro desenho na parte detrás de uma das pirâmides com o sangue.

KHAY: E então....
RUDIJU: Apenas mais essas duas pirâmides e nosso trabalho está terminado.

Nesse Momento chega Aiolia.

AIOLIA: O que vocês estão fazendo por aqui? Como ousam macular a entrada do Santuario de Athena?
KHAY: Eu vou?
RUDIJU: Não será necessário...

Rudiju pega um pouco mais do sangue que está dentro do frasco e o evapora com o calor de seu cosmo. Antes mesmo do vapor de sangue subir ele espalha esse vapor para os lados criando uma cortina vermelha de vapor escuro. E de dentro dele saem diversos soldados de Amon-rá.


SOLDADOS EGÍPCIOS: Olhem, é um cavaleiro de Athena, vamos pegá-lo!!
AIOLIA: Como vocês podem ousar invadir o santuário?? Seus vermes, sejam destruídos pelas presas do Leão!!!!
SOLDADOS EGÍPCIOS: Acabem com ele...
LIGHTINING PLASMA (PLASMA RELÂMPAGO)

Os raios de Luz atingem os soldados incrivelmente rápido, dilacerando suas frágeis armaduras numa exibição de raios de luz espetacular, deixando-os estirados no chão, derrotados por apenas um golpe. Nesse breve momento, Rudiju termina a ultima escrita na ultima pirâmide.

RUDIJU: Está feito.
AIOLIA: Agora, assim como vocês, a sua morada também sucumbirá!

LIGHTINING BOLT (CAPSULA DO PODER)

No momento em que Aiolia vai disparar seu ataque, Mascara da Morte segura sua mão.

AIOLIA: Mascara da Morte, mas o que...
MASCARA DA MORTE: não é que eu ligue para isso, mas...

Pela visão de Mascara da Morte, pode-se ver uma ligação de todas as três pirâmides com cada alam de cada morador que está com a marca de sangue na vila Rodório.

MASCARA DA MORTE: Parece que foi criada em cada morador da vila rodório uma espécie de ligação vital com essas pirâmides, se você destruí-la...
AIOLIA: Como? Você está dizendo que?
MASCARA DA MORTE: Se você destruí-la, estará destruindo a eles também.
AIOLIA: Mas o que?
RUDIJU: Huhuhuhu, vejo que Athena tem pessoas com a sensibilidade espiritual bem elevada. Isso é deveras interessante.
AIOLIA: Maldito o que você fez com os moradores da vila Rodório?
RUDIJU: Apenas a cerimonia de compartilhamento físico. Enquanto essa ligação existir, a vida deles está ligada a existência dessas pirâmides. E querem saber o porque de fazermos isso?

No momento em que Rudiju fala percebe-se claramente Amon-rá em seu trono, emanando cosmo pelo buraco ao teto que lhe da enfoque de toda luz solar através de espelhos, porém parece que o fluxo está se invertendo, é ele que emana energia até o sol.
Nesse momento essa energia que subiu aos céu, parece descer ao topo de cada Pirâmide que tem uma estátua com o símbolo do Olho de Rá. E então toda energia parece acumular em sua ponta, Aiolia e Mascara da Morte percebem.

MASCARA DA MORTE: Aiolia, aquilo parece que vai...
AIOLIA: Proteja o santuário !!!!

Duas das três pirâmides atiram contra o santuário, Aiolia e Mascara da Morte pulam para trás e se projetam na frente dos gigantescos raios cósmicos disparados pelas pirâmides, O ataque é fenomenal, é muito poderoso até para um caveleiro de ouro resistir por muito tempo.

AIOLIA: Gahhh, droga, não sei quanto tempo poderemos resistir....
MASCARA DA MORTE: Argh.... a terceira pirâmide !!! Ela.... também está... brilhando !!!
AIOLIA: Essa não !!!!

O terceiro raio cósmico é disparado, quando vai atingir a entrada da casa de Áries, ele parece ser bloqueado por alguma força invisível.

MASCARA DA MORTE: Mas... Isso é...
MÚ: CRISTAL WALL (MURO DE CRISTAL)

Mú aparece a frente da casa de Áries imponente defendendo o santuário.

FIM DO CAPITULO 3

PRÓXIMO CAPÍTULO - O REAL PODER DO TOURO DOURADO