CAPITULO 1 - O DESPERTAR DE UMA LEMBRANÇA
CAPITULO
1 - O DESPERTAR DE UMA LEMBRANÇA
Finalmente a terrível guerra contra o deus do submundo, Hades, chegou ao fim. O mundo agora pode desfrutar de paz e esperança, pois os cavaleiros de Atena mais uma vez protegeram a terra, a qual sua deusa tanto se importa. Mas como em toda guerra, tudo tem seu preço. E o preço do fim dessa guerra se espelha na atual realidade.
Finalmente a terrível guerra contra o deus do submundo, Hades, chegou ao fim. O mundo agora pode desfrutar de paz e esperança, pois os cavaleiros de Atena mais uma vez protegeram a terra, a qual sua deusa tanto se importa. Mas como em toda guerra, tudo tem seu preço. E o preço do fim dessa guerra se espelha na atual realidade.
SANTUARIO DE ATENA –
JARDINS DO SANTUÁRIO
Uma leve brisa passa
por um campo gramado, levando consigo pedaços de verde, que foram
esmagados pelo trajeto de algum veiculo de rodas finas. Passando por
elas, uma jovem anda vagarosamente pelos jardins, ela vem com um
jarro d’água e um copo. Ela continua andando até chegar a uma
cadeira de rodas. Não se pode ver quem esta sentado na mesma. Ela
oferece água a ele, mas ele nem ao menos responde. Ela enche o copo
d’água e o coloca em sua boca, ela está tendo dificuldade, em
seguida ela diz:
SAORI: Vamos lá Seiya,
você consegue...
Uma mão encosta-se a
seu ombro e outra jovem fala com ele.
SEIKA: Vamos lá Seiya,
esforce-se! Eu sei que você consegue!
Então, com as palavras
de sua irmã, ele começa a engolir a água num movimento instintivo.
SEIKA: O que os médicos
disseram da situação dele?
SAORI: Infelizmente,
eles dizem que não conseguem descobrir a causa de seu mal, que tudo
está bem, mas parece que Seiya perdeu a vontade de viver.
SEIKA: Isso é mentira!
Seiya me procurou a vida toda, ele não iria desistir justo agora.
SAORI: Eu compreendo, e
concordo plenamente, o Seiya nunca foi de desistir, mas...
SAORI: Sinto que o mal
de Seiya não é algo físico, sinto como se a cosmo energia de Hades
ainda estivesse ao seu redor. Isso foi depois de...
A imagem da espada de
Hades atravessando o peito de Seiya é lembrada. Nesse momento, Seiya
treme, Seika volta a segurar suas mãos.
SAORI: Não se
preocupe, não descansarei enquanto Seiya não estiver melhor.
De repente ao fundo,
três sombras estão se aproximando, as duas ficam receosas.
Mas quanto mais perto
eles chegam, mais claro fica que são Shiryu, Hyoga e Shun.
HYOGA: Atena... Como
estão as condições de Seiya?
SAORI: Nada boas, mas
não podemos desistir de jeito algum.
SHUN: Então essa aí é
a irmã de Seiya?
SAORI: Sim, ela mais do
que ninguém está aflita com sua situação. Logo agora que eles se
reencontraram, Seiya se encontra deste modo.
SHIRYU: Seiya, por
favor, não desista!!!
EGITO – TEBAS, 2 ANOS ATRÁS
Os moradores de Tebas viviam tranqüilamente como sempre havia de ser, porém algo de estranho anda acontecendo recentemente: muitos moradores que residem ao redor da tumba de Amon-Rá, que fica dentro de uma pirâmide lá localizada, estão morrendo sem demonstrar nenhum sintoma. Algo de muito errado acontece nessa cidade. Porém, certo dia, algo mais estranho ainda está para acontecer.
EGITO – TEBAS, 2 ANOS ATRÁS
Os moradores de Tebas viviam tranqüilamente como sempre havia de ser, porém algo de estranho anda acontecendo recentemente: muitos moradores que residem ao redor da tumba de Amon-Rá, que fica dentro de uma pirâmide lá localizada, estão morrendo sem demonstrar nenhum sintoma. Algo de muito errado acontece nessa cidade. Porém, certo dia, algo mais estranho ainda está para acontecer.
O céu, perto da
pirâmide de Amon-Rá onde se encontra sua tumba, começa a ficar
escuro e nebuloso. Trovões caem do céu e todos com medo correm
fugindo da gigantesca nuvem que cerca a tumba. Mas um deles, jovem,
corajoso e curioso, se atreve a chegar perto. E ao se aproximar,
avista a entrada da pirâmide de Amon-Rá, antes selada, se abrindo.
Ele ainda muito curioso, apesar do medo, vagarosamente entra na
pirâmide. Sem muito saber por onde andar, ele segue um dos caminhos,
e no trajeto ele começa a ter fortes dores de cabeça. Meio perdido
com a intensidade da dor, ele não sabe se vai para esquerda ou
direita, porém, seguindo por certo caminho, a intensidade de sua dor
de cabeça vai diminuindo, por causa disso então ele segue o caminho
que parece ser destinado a ele.
No meio do trajeto ele vê vultos passando rapidamente por ele e seguindo muito rapidamente o mesmo caminho que ele está fazendo. O rapaz fica assustado, mas com um misto de dor e curiosidade que sente, ele continua seguindo o caminho. No fim do labirinto que parecia ser interminável ele encontra a tumba de Amon-Rá. O jovem fica espantado, pois nunca ninguém tinha certeza se o deus realmente estava lá ou se era apenas uma lenda, já que ele não deveria ter um corpo próprio. Mas, pelo que parece, realmente existe um corpo mumificado lá com um amuleto, o Escaravelho do coração. Ao lado de sua tumba podiam-se ver quatro vasos, com tampas em forma de homem, de chacal, de falcão e de babuíno. Neles estavam escritos em egípcio: Imset (Fígado), Duamutef (Estômago), Rebehsenuef (Intestino) e Hapi (Pulmões). O rapaz fica meio enjoado em saber que os órgãos do deus foram retirados e colocados nesses vasos para conservá-los. Mas o que mais o assusta são os espíritos que rondam o teto da sala. Eles permanecem girando no teto durante um tempo, mas depois se juntam e formam algo que parece uma nuvem de espíritos, formando um rosto. É o rosto de Amon-Rá que lhe dirige a palavra:
AMON-RÁ: Muóóóóó....... Você!!!
O Rapaz fica apavorado, o medo está estampado em seu rosto que fica molhado de suor.
AMON-RÁ: Você, a chave final para meu retorno, liberte sua alma desse corpo carnal que será tomado para a ressurreição de um grande deus! Assim, seus pecados serão perdoados e sua alma descansará eternamente nos campos de Iaru.
RAPAZ: Ma-Mas... Eu.. É...
AMON-RÁ: Como você ousa abdicar dos campos de Iaru por sua vida patética? Humanos, seres desprezíveis! Todos com esse pensamento devem todos morrer!!!!
O rosto de espíritos voa na direção do rapaz, que fica paralisado de medo suando, até explodir no chão logo onde ele estava. Depois da fumaça se desfazer, aparece o corpo do jovem levitando. Com uma energia imensa ao redor de seu corpo, ele vai flutuando com os braços abertos na altura da cintura, e Amon-Rá fala por ele:
AMON-RÁ: Agora sim o ciclo está completo! Uma grande de quantidade de AKH (força divina), provida dos espíritos dos mortos sacrificados em Tebas para minha ressurreição, e um pouco de KA (força vital), de um humano jovem como esse para rejuvenescer meu corpo e meus órgãos!
Algumas luzes vão piscando em seus órgãos e, em seguida, nos vasos correspondentes: Primeiro em seu fígado, e o vaso de homem se acende. Depois o seu estômago, e o vaso de chacal. Em seguida, o intestino, e o vaso de falcão se ilumina também. Por último, seus pulmões, e o vaso de babuíno segue os outros. Logo em seguida, seu corpo todo começa a brilhar e o amuleto de Escaravelho brilha junto. Quando o amuleto e os vasos começam a brilhar simultaneamente, destes saem bolas de energias que sobem e vão em direção ao amuleto. Ao entrar diretamente no cristal do Escaravelho, este começa a emanar uma energia que cria raios de luz até o teto, sobrepujando as luzes das tochas e iluminando todo o ambiente. O corpo do rapaz cai e o corpo da múmia começa a se energizar com toda a luz presente e vai retornando à forma humana vagarosamente. De longe, pode-se escutar um grito de dor contínua, e quando o corpo de Amon-Rá fica totalmente humano, ele se levanta nu:
AMON-RÁ: Finalmente eu acordei! Gregos, seu destino está selado!
Amon-Rá vai saindo, e vê-se a imagem dos pés descalços dele saindo da sala. Em um canto, encontra-se o corpo do rapaz, exatamente como o de Amon-rá estava: no estado lastimável de uma múmia, apenas sem as ataduras.
No meio do trajeto ele vê vultos passando rapidamente por ele e seguindo muito rapidamente o mesmo caminho que ele está fazendo. O rapaz fica assustado, mas com um misto de dor e curiosidade que sente, ele continua seguindo o caminho. No fim do labirinto que parecia ser interminável ele encontra a tumba de Amon-Rá. O jovem fica espantado, pois nunca ninguém tinha certeza se o deus realmente estava lá ou se era apenas uma lenda, já que ele não deveria ter um corpo próprio. Mas, pelo que parece, realmente existe um corpo mumificado lá com um amuleto, o Escaravelho do coração. Ao lado de sua tumba podiam-se ver quatro vasos, com tampas em forma de homem, de chacal, de falcão e de babuíno. Neles estavam escritos em egípcio: Imset (Fígado), Duamutef (Estômago), Rebehsenuef (Intestino) e Hapi (Pulmões). O rapaz fica meio enjoado em saber que os órgãos do deus foram retirados e colocados nesses vasos para conservá-los. Mas o que mais o assusta são os espíritos que rondam o teto da sala. Eles permanecem girando no teto durante um tempo, mas depois se juntam e formam algo que parece uma nuvem de espíritos, formando um rosto. É o rosto de Amon-Rá que lhe dirige a palavra:
AMON-RÁ: Muóóóóó....... Você!!!
O Rapaz fica apavorado, o medo está estampado em seu rosto que fica molhado de suor.
AMON-RÁ: Você, a chave final para meu retorno, liberte sua alma desse corpo carnal que será tomado para a ressurreição de um grande deus! Assim, seus pecados serão perdoados e sua alma descansará eternamente nos campos de Iaru.
RAPAZ: Ma-Mas... Eu.. É...
AMON-RÁ: Como você ousa abdicar dos campos de Iaru por sua vida patética? Humanos, seres desprezíveis! Todos com esse pensamento devem todos morrer!!!!
O rosto de espíritos voa na direção do rapaz, que fica paralisado de medo suando, até explodir no chão logo onde ele estava. Depois da fumaça se desfazer, aparece o corpo do jovem levitando. Com uma energia imensa ao redor de seu corpo, ele vai flutuando com os braços abertos na altura da cintura, e Amon-Rá fala por ele:
AMON-RÁ: Agora sim o ciclo está completo! Uma grande de quantidade de AKH (força divina), provida dos espíritos dos mortos sacrificados em Tebas para minha ressurreição, e um pouco de KA (força vital), de um humano jovem como esse para rejuvenescer meu corpo e meus órgãos!
Algumas luzes vão piscando em seus órgãos e, em seguida, nos vasos correspondentes: Primeiro em seu fígado, e o vaso de homem se acende. Depois o seu estômago, e o vaso de chacal. Em seguida, o intestino, e o vaso de falcão se ilumina também. Por último, seus pulmões, e o vaso de babuíno segue os outros. Logo em seguida, seu corpo todo começa a brilhar e o amuleto de Escaravelho brilha junto. Quando o amuleto e os vasos começam a brilhar simultaneamente, destes saem bolas de energias que sobem e vão em direção ao amuleto. Ao entrar diretamente no cristal do Escaravelho, este começa a emanar uma energia que cria raios de luz até o teto, sobrepujando as luzes das tochas e iluminando todo o ambiente. O corpo do rapaz cai e o corpo da múmia começa a se energizar com toda a luz presente e vai retornando à forma humana vagarosamente. De longe, pode-se escutar um grito de dor contínua, e quando o corpo de Amon-Rá fica totalmente humano, ele se levanta nu:
AMON-RÁ: Finalmente eu acordei! Gregos, seu destino está selado!
Amon-Rá vai saindo, e vê-se a imagem dos pés descalços dele saindo da sala. Em um canto, encontra-se o corpo do rapaz, exatamente como o de Amon-rá estava: no estado lastimável de uma múmia, apenas sem as ataduras.
1 ANO E 8 MESES DEPOIS...
Um grande santuário egípcio é erguido e encontra-se quase pronto, e ao seu redor vários templos para outros deuses. Dentro deste santuário existem três entradas: uma para a câmara de Amon-Rá, a central, dedicada ao deus Osíris; uma para a Sala das Duas Verdades, onde são feitos os julgamentos daqueles que morreram para ver se eles devem ir para os campos de Iaru ou serem devorados por Amut. A entrada da direita pertencente à Hórus, seu filho. O templo do Baixo Egito, que representa todo reino dominado por ele. E a entrada da esquerda pertence à Seth, Irmão de Osíris e seu próprio assassino. Apesar de tudo o que ocorreu na antiga mitologia, todos os deuses devem respeito a Amon-Rá e não podem causar conflito no novo santuário dele. O templo de Seth é o do alto Egito. Na câmara de Amon-Rá, uma grande escadaria que chega a seu trono, possui duas esfinges atrás. Com tochas acesas por todos os lados, sacerdotes rezam o tempo todo e escravos o servem. Mais atrás, uma grande estátua de ouro do próprio Amon-Rá reluz. Em seu trono, ele está com um olhar satisfeito e pretensioso.
AMON-RÁ: Finalmente poderei ver meus planos fluírem, terei que começar a pô-los em pratica desde já...
Messénia – Grécia – Dias Atuais
Em Messénia,
encontram-se os restos de um templo de Apolo, chamado templo de Apolo
Epícuro, lá estão protegidas os pilares restantes do templo por
gigantescas lonas que as protegem da erosão. Responsável pelo local
está Agamedes, que é o Curador do local e está recepcionando
diversos turistas que lá estão. Em outros corredores, estão alunos
de escolas locais que vieram a passeio e seguem em fila, junto com
suas professoras, que lhes mostram o local. Uma criança em especial
se perde e começa a adentrar em locais não muito movimentados do
templo. Ela escuta algum barulho atrás de uma muralha alta e larga e
então vê uma leve luz vinda de uma fenda. A luz quase não dá para
ser vista, pois o ambiente está muito claro, mas ele se aproxima e
quando chega perto, Agamedes o segura pelo ombro!
GAROTO: Hwaaaa !!!!!!
Assustado, o garoto
olha para Agamedes, que está com um sorriso plácido no rosto.
AGAMEDES: Está perdido
de seu grupo?
GAROTO: Er... eu...
AGAMEDES: Não pode
mexer em qualquer coisa aqui. Tudo que você vê aqui ao redor é de
extrema importância para o mundo e, como sua professora falou, vocês
devem apenas observar.
GAROTO: Eu.... Me- me
desculpe! Búaaaa!
AGAMEDES: Calma, calma!
Não precisa chorar!
Agamedes então o
entrega para sua professora, ela se desculpa com ele e seu semblante
continua o mesmo. Agamedes parece continuar lá no mesmo local por
horas e horas, até que o local é fechado. Seu olhar ficou mais
tenso desde que o menino se foi. E então, ele sai do transe quando o
guarda diz que vai fechar as trancas das lonas.
GUARDA: Agamedes, já
estou fechando.
AGAMEDES: Desculpe-me,
estou tão distraído.
GUARDA: Imagino o quão
cansativo o dia deve ter sido para você. Vamos, já está ficando
tarde.
AGAMEDES: Não se
preocupe comigo, ainda tenho que terminar uns relatórios sobre essas
escrituras na muralha. Vá seguindo que eu mesmo fecharei tudo.
GUARDA: Está certo
então. Só não se esforce muito, amanhã teremos mais turistas.
E então num tom seco
quando o guarda vai embora Agamedes responde.
AGAMEDES: Como sempre!
Agamedes então segue
até a muralha e então, conforme ele vai se aproximando dela ela vai
se desfazendo e tomando outra forma, criando escadas para uma entrada
subterrânea. Ele vai descendo até lá e então contempla diversos
guerreiros treinando.
Grécia
– Mansão Kido
Seika está do lado de fora da mansão, ela está abaixada segurando os joelhos e chorando, quando então ao seu lado chega Shun.
Seika está do lado de fora da mansão, ela está abaixada segurando os joelhos e chorando, quando então ao seu lado chega Shun.
SHUN: Seika, você está
chorando!
SEIKA: ...Snif...
SHUN: Tudo vai ficar
bem, Saori vai conseguir fazer Seiya voltar ao normal. Eu tenho
certeza!
SEIKA: Mas e se ele não
voltar ao normal? Depois de tudo que passou para me encontrar, isso
não é justo!
SHUN: Não fique desse
jeito, a Saori não é uma pessoa comum, ela é a deusa Atena, com
certeza ela conseguirá fazer Seiya voltar.
(SHUN): Apesar de que,
não consigo sentir nada emanando de Seiya, nem mesmo seu cosmo por
mais leve que seja. Ele parece mais como se fosse uma casca vazia
prestes a desmoronar.
Shun visualiza a imagem
de Seiya se quebrando, quando se assusta com outra presença. É
Agamedes, trajando uma armadura grandiosa.
AGAMEDES: E ele vai
desmoronar!
Seika fica com uma
expressão aterrorizada.
Shun rapidamente se
levanta e se coloca na frente de Seika.
SHUN: Quem é você?
AGAMEDES: Eu sou
Agamedes, Sacerdote de Apolo!
Agamedes começa a
queimar o cosmo.
(SHUN): Que cosmo é
esse? É assustador! Ainda existem guerreiros poderosos assim??
Na sala onde Seiya está
sendo analisado por um médico, estão aguardando Saori, Shiryu e
Hyoga. Sentindo o poderoso cosmo, eles rapidamente saem para
averiguar. Agamedes parece estar conversando com Shun. Seika está
assustada e se protege atrás de Shun enquanto os dois conversam.
Logo atrás dos dois
chegam Shiryu e Hyoga com suas urnas nas costas, e ficam prontos para
o combate. Quando eles estão prestes a vestir suas armaduras, Shun
os manda parar.
SHUN: Esperem!
HYOGA: O que?!
SHIRYU: Mas...
AGAMEDES: Exatamente.
Nesse exato momento
todos os cosmos se dispersam.
SHUN: Ele ele disse...
Que pode salvar o Seiya!
Os olhos de Seika
brilham nesse momento, e então ela sai detrás de Shun.
SEIKA: Você pode mesmo
salvá-lo?!
Ela vai seguindo na
direção dele.
SHUN: Não Seika, não
faça isso!!!
Seika ignora e continua
andando em direção ao estranho.
SHUN: É perigoso!
Seika vai até ele e
então beija sua mão...
SEIKA: O que poderíamos
fazer para que você pudesse ajudar Seiya?
AGAMEDES: Apesar de
você ser uma linda mulher, não é você quem pode fazer algo por
Seiya e sim ela.
Agamedes aponta para o
portão principal da mansão Kido, onde Saori está olhando para ele
firmemente.
SHIRYU: Saori fique
onde está!
HYOGA: Não devemos dar
brechas acreditando nesse mentiroso!
Eles partem para o
ataque e então seus cosmos são anulados. Eles ficam pasmos.
HYOGA: O que foi?!
SHIRYU: O que
aconteceu?!
Saori vai andando até
ele, atravessando no meio dos dois cavaleiros de bronze, até chegar
a Agamedes.
SAORI: Então você é
alguém mandado por Apolo, não?
SHUN: Saori, cuidado!
SAORI: Você diz ser
capaz de curar Seiya. Então, me diga, como isso pode ser possível?
Agamedes, um pouco
intimidado com a presença de Atena, tenta se desvencilhar-se da
pergunta direta da deusa.
AGAMEDES: Não... Veja
bem, não é assim... Não sou eu que posso curar Seiya, até porque,
Seiya não está doente.
SEIKA: Não está
doente?
Os olhos de Agamedes
brilham.
AGAMEDES: Então não
percebeu Atena? Não consegue ver o efeito da espada de Hades?
SAORI: A espada de
Hades?
AGAMEDES: Pelo visto a
última guerra consumiu muito de você. Vamos até Seiya lá
explicarei melhor a você.
SAORI: Está bem.
Todos ficam pasmos com
a atitude de Saori, mas ela parece estar convencida em fazer algo por
Seiya.
Dentro da sala médica,
os médicos ficam assustados com Agamedes e sua armadura. Saori os
pede para que deixem o local, e eles assustados o fazem.
Agamedes chega perto de
Seiya e então estica a mão em sua direção. Shiryu e os outros
estão muito apreensivos, com medo de que ele faça algo contra o
amigo. Ainda mais quando Seiya parece começar a sofrer com isso,
colocando a mão aberta sobre peito. Quando antes, nem ao menos se
mover ele conseguia.
SEIKA: Seiya!
AGAMEDES: Vejam bem
aqui!
Shiryu está prestes a
atacá-lo novamente e então, a espada de Hades aparece materializada
em seu peito, bem de leve, quase transparente. Todos ficam pasmos.
AGAMADES: Isso é o
rancor de Hades. Uma maldição que ele lançou em Seiya. Algo que
ele sempre quis fazer desde as eras mitológicas.
SAORI: Desde as eras
mitológicas?
AGAMEDES: Sim, há
rumores que o cavaleiro de Pégasus sempre atrapalhou os planos de
Hades. Desta vez ele arranjou algo para extirpar sua alma para todo o
sempre!
SAORI: E como podemos
fazer para salvá-lo?
AGAMEDES: Nós? Nada.
SHUN: Mas você não
disse que....
AGAMEDES: Eu disse que
poderia salvá-lo, mas não disse que sou eu que irei fazê-lo.
AGAMEDES: Maldições
impostas por deuses são fardos impossíveis de serem tirados, é
algo difícil até mesmo para outros deuses. Mas se tem alguém capaz
de fazê-lo, é o único deus ligado a medicina humana.
TODOS: Apollo!
AGAMEDES: Isso mesmo.
Se em três dias ele não for curado por Apolo, sua alma será
extirpada de nossa realidade e ele nunca mais poderá reencarnar!!!
Seika novamente leva um
baque, mas não só ela, todos ficam inseguros.
SHIRYU: Mas... Porque
Apolo ajudaria Atena?
SAORI: É mais do que
óbvio não?
SHUN: Não pode ser!
SAORI: Apollo quer a
posse do Santuário!
Agamedes sorri
levemente diante da constatação da deusa.
HYOGA: Mas... Isso é
um absurdo!
SHIRYU: Não dê ouvido
a ele, é insano!
AGAMEDES: É isso ou
Seiya ficará assim para sempre!
HYOGA: Maldito!
SAORI: Esperem!
TODOS: Han?
SAORI: A escolha não é
de vocês!
Todos ficam pasmos com
Saori falando.
SAORI: Então quer
dizer que existe a possibilidade real de salvarmos Seiya?
AGAMEDES: Sim.
SAORI: Será perigoso
Seika, fique aqui e aguarde nossa volta.
TODOS: O que?!
Saori pega Seiya pelo
ombro e tenta levantá-lo. Shun rapidamente vai até o outro lado e o
segura ajudando-a.
SAORI: Nós voltaremos
com Seiya são e salvo!
SEIKA: Obrigada!
Seika sorri novamente.
STAR HILL - SANTUARIO
DE ATENA
Eles chegam ao topo de
Star Hill, num precipício de uma das bordas, exatamente onde fica o
local mais alto do cume. Shiryu agora está segurando Seiya com
Hyoga.
SHIRYU: Então é aqui?
SAORI: Sim, teremos que
tomar esse caminho para irmos todos juntos ao templo principal de
Apolo, no Olimpo.
SHUN: Então... Então,
quer dizer que nós...Vamos mesmo encontrar o Deus Apollo?
SHIRYU: O que está
acontecendo, o chão... Parece estar sumindo!
SAORI: Não se afastem
de mim! Ficando longe podem ser sugados para um espaço/tempo do qual
nunca mais voltarão!
A armadura de Atena a
envolve e então a veste.
ATENA ESTÁ TRAJANDO A
MAJESTOSA ARMADURA DE ATENA!
HYOGA: O tempo e espaço
estão sacudindo!
Todo local ao redor
deles vai desaparecendo, criando um vácuo, que mais parece ser o
balançar lento das águas de um rio, modificando o espaço para o
que parece ser uma trilha. E então, uma imagem se forma diante
deles.
SHUN: Saori, onde
estamos?
Agamedes toma a frente
sorrindo e diz:
AGAMEDES: A caminho do
Templo de Apollo!
Eles vão seguindo aos
poucos até chegar a um caminho onde existem 10 passagens diferentes.
E então Agamedes os aguarda.
SHIRYU: Então aqui é
o Olimpo, que é conhecido como a morada dos deuses na terra?
ATENA: Sim, é.
Shun então toma a
frente e veste sua armadura. Agamedes o olha de rabo de olho.
SHUN: Não sabemos que
perigos terão à frente, e eu ainda não confio nesse homem.
ATENA: Não se
preocupe, ele nos levará até nosso objetivo.
SHUN: Mesmo assim eu...
O que?!
Shun então percebe que
sua armadura não é mais divina.
HYOGA: Veja a armadura
do Shun!
SHUN: Ela...Voltou ao
normal!
SHUN: Nos Elísios ela
reviveu das cinzas e se tornou uma armadura divina com poder
inigualável a partir de nossa armadura de bronze, graças a seu
sangue, Atena!
SAORI: Shun, a armadura
divina é a forma final de uma armadura, ela sempre aparecerá quando
o cavaleiro que recebeu o sangue de um deus elevar seu cosmo ao
infinito. Por assim dizer, sua forma é mais uma ilusão.
SAORI: Portanto, agora
que ela terminou o seu dever, ela regressou a sua forma original.
SHUN: Entendo.
Shun sorri.
SHUN: Na verdade, é
até mais agradável pra mim essa armadura na forma de bronze.
Enfrentamos tantas batalhas juntos dessa forma, atravessamos os
oceanos e o inferno apenas com essa armadura para me proteger.
ATENA: Sim, é verdade
que vocês têm passado por inúmeras batalhas. Mas isso agora irá
terminar!
Todos ficam intrigados
com o comentário de Atena que continuam seguindo.
Agamedes continua
parado entre os caminhos até que Atena se aproxime.
AGAMEDES: É uma viagem
refrescante a sua memória?
ATENA: Sim, chegando
aqui agora, me lembro perfeitamente.
AGAMEDES: Então faça
as honras: Deusas primeiro.
E então Agamedes abre
caminho para Atena escolher o caminho correto. Ela pega um dos 10
caminhos e segue. Shiryu e Hyoga estão altamente desconfiados dele.
Agamedes os acompanha,
até que eles avistam um templo. É o grandioso templo de Apollo no
Olimpo. Parece uma imensa cidade, onde o sol pode ser visto pondo-se
atrás da mesma. Todos os seus ornamentos assemelham-se muito aos
templos de Apollo na Grécia. Porém, todos estão em perfeito estado
e muito adornado com flores. Logo na entrada, eles são abordados
pela guarda de Apollo, que pede para todos se identificarem. Mas
então Agamedes chega à frente e todos baixam suas guardas.
SOLDADO: Senhor
Agamedes, o que faz aqui tão cedo?
AGAMEDES: Tenho
assuntos particulares com Apollo, esses são meus convidados.
SOLDADO: Mas senhor
Agamedes, são esses os guerreiros que o senhor iria trazer?
SHUN: Guerreiros?
AGAMEDES: Não soldado,
isso não condiz com minha missão anterior. Eles ainda não estão
prontos...
SOLDADO: Desculpe-me,
meu senhor, mas minhas ordens são para não deixar ninguém entrar a
não ser os....
AGAMEDES: Como ousa
questionar minha autoridade?! Eles estão aqui a mando de Apollo!
SOLDADO: Mas não foi
isso que nos foi...
AGAMEDES: Sem nem um
“mas”!
AGAMEDES:
Acompanhem-me, por favor.
Todos adentram achando
a situação muito estranha.
SANTUARIO DE APOLLO –
OLIMPO
Dentro do templo, tudo
é muito lindo. Vastos campos floridos, ninfas passeando, moradores
brincando, divertindo-se.
SHUN: Mas como é lindo
aqui...
HYOGA: Assemelha-se
muito ao Elísios.
SHIRYU: Sim, mas já
notou que todos os soldados daqui nos olham com uma cara estranha?
Atena continua seguindo
Agamedes, que fala com uma ninfa e então segue para o templo
principal de Apollo. Ela então desce e vai até eles para os saudar.
AGATHÉ: Então você é
Atena?
SAORI: Sim.
AGATHÉ: Agamedes disse
que precisa resolver pendências com nosso deus. Em breve ele irá
atendê-los. Você é tão bela como nas imagens, apesar de seu
cabelo estar um pouco diferente.
SAORI: Imagens?
AGATHÉ: Sim, esse é o
templo da arte, venha conhecer nossos artistas.
Agathé puxa Saori
pelos braços mais parecendo uma criança, apesar do corpo de mulher.
Saori fica sem saber o que fazer, e então Shun a acompanha.
TEMPLO DE APOLO
Agamedes aproxima-se do
trono de Apolo, que é quase totalmente fechado, possuindo apenas uma
abertura. Justamente acima do trono onde toda a luz do sol se propaga
superiormente, deixando sua imagem ainda mais imponente. Seus cabelos
vermelhos assemelham-se as chamas do sol. Ele está com um semblante
aborrecido.
AGAMEDES: Senhor, tenho
boas notícias.
APOLO: O exército está
pronto?
AGAMEDES: Não
senhor... eles...
APOLO: Então como
podem ser boas notícias?
Agamedes sorri.
TEMPLO DOS MÚSICOS
Agathe está louca de
encantamento, mostrando tudo à Saori, até que um guarda as
interrompe.
GUARDA: O senhor Apolo
a aguarda, Atena.
SAORI: Está certo.
Saori que estava até
um pouco distraída com a alegria da ninfa, volta a ficar com um
semblante sério que até quebra toda energia da jovem ao lado.
Eles seguem até o
templo principal de Apolo. Agamedes está ao seu lado ajoelhado.
APOLO: Seja bem vinda,
irmã!
SAORI: Apolo, meu
irmão!
Todos os cavaleiros de
bronze o encaram com rigor.
APOLO: Veja só que
situação! Vejo que precisa de minha ajuda.
Saori se ajoelha no
chão.
SHIRYU: Saori, não!
HYOGA: Atena!
SAORI: Peço a você
veementemente que, por favor, anule a maldição que se encontra em
Seiya!
APOLO: Que patético...
SAORI: O que?!
Apolo vai descendo de
seu trono pelas escadas e falando com ela.
APOLO: Quer dizer que
estará disposta a largar tudo apenas para salvar a vida de um mísero
humano!?
SAORI: .....
APOLO: Quem é você
que infecta o nome de minha irmã!
Apolo vai chegando cada
vez mais perto de Saori, os cavaleiros estão prestes a reagir.
SAORI: Não façam
nada!
Saori os impede de
atacar. Shiryu e Hyoga já estavam prestes a largar Seiya. Apolo
aproxima-se cada vez mais.
APOLO: Você tem noção
do tamanho dos pecados que cometeu? Poseidon, Hades? E ainda tem a
coragem de vir aqui e fazer esse pedido a mim?
SAORI: Pedido? Mas...
AGAMEDES: Senhor....
Apolo vira irado ainda
olhando para Agamedes.
AGAMEDES: Esse será o
pedido de perdão dela, esqueceu meu senhor?
APOLO: Então estará
mesmo entregando a mim a terra apenas em troca da vida desse Humano?
SAORI: Não é apenas a
vida de um Humano! Esse é o humano que esteve ao meu lado desde as
primeiras guerras que travei! Ele esteve sempre me protegendo. E fez
isso até o último suspiro de sua vida!
APOLO: Mas é apenas um
humano!
SAORI: Não importa! Se
ele dedicou inúmeras reencarnações para me proteger, chegou o
momento de eu fazer isso de volta.
APOLO: É
decepcionante! Quem diria que a grande deusa da terra entregaria seu
presente divino por causa de um homem! Você não pode ser minha
irmã!
SAORI: Eu sou Atena e
aqui estou disposta a ceder meus domínios a você, então cumpra a
sua parte, curando-o!
Shiryu e Hyoga vão
trazendo Seiya, eles olham para Seiya, felizes com sua volta, mas ao
mesmo tempo quase mortos por dentro, sabendo da decisão de Atena.
APOLO: Mas saiba que,
nem mesmo somente meu cosmo, será suficiente para realizar essa
proeza. O cosmo de Hades é muito poderoso! Eu precisarei de mais do
que meu poder.
Nesse momento Saori
estende seu báculo para Apollo e então o entrega para ele. Uma luz
incandescente surge e a armadura de Atena vai se dissolvendo, sendo
absorvida pelo báculo que está nas mãos de Apolo.
APOLO: Sim! Esse é o
poder da guardiã da terra!
Então Seiya é sugado
para o ar, ficando com o peito à mostra e com as pernas e braços
para trás. Ele começa a sentir uma dor excruciante.
SEIYA: Gahhhhhh!
TODOS: Seiya!
Vários flashes de luz
tomam o ar, criando ondas energéticas que giram em torno de Seiya,
que continua flutuando na mesma posição. Essas ondas energéticas
juntam-se no peito de Seiya criando a forma da espada de Hades.
APOLO: Então está aí!
SAORI: Seiya!
Saori está exaurida,
parece que seus poderes estão sendo sugados através do Báculo.
APOLO: Urgh! É
poderoso.... Não esperava menos vindo de Hades!
A espada começa a ser
arrancada. Centímetro por centímetro. Cada pouco que ela sai do
peito de Seiya ele se contorce de dor.
Antes apenas com o
cosmo de Atena, agora ele começa a queimar seu cosmo para poder
retirar a espada. Todo o santuário de Apollo começa a sentir.
SOLDADOS: O que está
acontecendo? Vem do templo do nosso deus!
Muitos soldados rasos
começam a se preparar para entrar até que aparece alguém barrando
suas passagens.
SOLDADOS: Mas é...
SOLDADO 2: O Oráculo!!!
DE VOLTA NO TEMPLO
APOLO: Urgh!!!
Maldição!!!!
Apolo começa a queimar
tanto seu cosmo que o teto de seu templo, com o poder emanado, é
totalmente desintegrado, fazendo assim com que a energia do Sol vá
até ele. E, com muito esforço, de uma só vez, ele arranca a espada
de Hades, que se desfaz no ar em cosmo...
Seiya cai no chão.
TODOS: Seiya !!!!
Shun corre e o pega no
colo.
SHUN: Seiya! Seiya!
Fale comigo!
Saori corre para cima
dele e o segura pela mão.
SAORI: Vamos Seiya,
reaja!
E então ela sente a
mão de Seiya apertar a sua.
SAORI: Seiya!
Seiya vagarosamente
abre seus olhos.
SEIYA: O-onde...Onde
nós estamos?
Saori lacrimeja de
alegria. Nesse momento, todos estão felizes pelo retorno do amigo.
Mas são interrompidos por algo. É uma risada!
?????:
Huahahahahahahahah, Mwahahahhaaa, Hahahahahaahahah!
Apolo muito cansado
olha para trás. Agamedes está rindo alucinadamente.
APOLO: Agamedes?
??????: Huhuhuh,
Agamedes? Há sim! É o nome de quem eu peguei emprestado essa forma!
Já ia me esquecendo!
A imagem mostra o
templo de Apolo. Epícuro, em Messênia. E na passagem para o
subterrâneo, vários corpos mutilados e caídos ao chão. Uma mão
se estende, é a mão de Agamedes, e então é pisada por um pé
calçado por um chinelo dourado que destrói o punho da armadura
inteira.
A cena volta para o
templo principal do santuário de Apolo. Então esse ser, com a forma
de Agamedes, estica sua mão e então é Apolo quem começa a sofrer.
APOLO: Agamedes, o que
está fazendo? Que poder é esse que...
??????: Eu não sou
Agamedes! Já disse!
Então seu corpo vai se
transformando e tomando forma de AMON-RÁ, o deus sol egípcio.
AMON-RÁ: Eu sou
Amon-Rá !!!!!
E então, muita luz se
concentra no peito de Apollo, que nem ao menos esboça reação, pois
está quase sem seus poderes. Em seguida, uma estrondosa explosão
acontece.
Do lado de fora, o
Oráculo se desespera e corre para os aposentos de seu Deus.
Após a fumaça se
esvair, eis que surge a cena.
Atena está abaixada no
chão sem forças, junto com Seiya e Shun que os protege. Um de cada
lado está Shiryu e Hyoga. Logo à frente a fumaça do fundo começa
a esvair-se e Apollo aparece caído. APOLO ESTÁ MORTO !!!!!
E nenhum sinal de
Amon-rá.